ONU pede fim do conflito sírio

As Nações Unidas pediram o fim do conflito na Síria, ao recordar as perdas de vidas e o sofrimento de milhões de pessoas pelos quatro anos de confrontos.

Siria - Khalil Ashawi/Reuters

"A horrível crise no país levantino entra em seu quinto ano, hostilidades que põem em perigo o futuro de uma geração e a credibilidade da comunidade internacional, que não encontrou a forma de deter", assinala em um comunicado.

Segundo refletiram no documento, mais de 200 mil mortos, mulheres e crianças afetadas pela violência, 12 milhões de carentes de assistência urgente e quase quatro milhões de refugiados, constituem argumentos contundentes para exigir o fim dos combates.

Em março de 2011 estourou o conflito na Síria, caracterizado pela agressão de extremistas e mercenários com apoio direto do estrangeiro, em sintonia com a mudança de regime que o Ocidente e seus aliados árabes procuram para Damasco.

"Vivemos a frustração de presenciar a continuidade da crise e, ao mesmo tempo, que reiteramos nosso compromisso de manter a ajuda humanitária às vítimas, pedimos aos líderes mundiais que deixem de lado suas diferenças e encontrem uma saída", advertiram vários órgãos da ONU.

O comunicado é assinado entre outros pela secretária geral adjunta para Assuntos Humanitários, Valerie Amos; a diretora geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan; o diretor executivo da Unicef, Anthony Lake; o alto comissário para os Refugiados, Antonio Guterres, e a diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos, Ertharin Cousin.

De maneira recorrente, o embaixador da Síria, Bashar Jaafari, pede objetividade à ONU, que costuma acusar tanto ao governo como aos chamados grupos armados de violações aos direitos humanos.

O diplomata critica que a organização não enfatize a urgência de deter o terrorismo promovido do exterior que sofre o país levantino, qualificado por Damasco como a principal causa do sofrimento da população.

"Nós não somos criminosos, não assassinamos a nossa própria gente", afirmou visivelmente indignado em uma ocasião.

Fonte: Prensa Latina