Sindicatos no Paraguai estudam fazer nova greve geral    

As principais centrais operárias paraguaias convocaram, nesta terça-feira (24), um congresso unitário na próxima quinta-feira para analisar o chamado a uma nova greve geral após fracassar totalmente em suas negociações com o governo.    

Paraguai

Os sindicatos consideram que nada se adiantou com as mesas de trabalho que integraram junto a representantes do Poder Executivo após a anterior paralisação geral efetuada no ano passado.

Julio López, da central Confederação da Classe Trabalhadora, ao atuar como porta-voz dos agrupamentos sindicais, qualificou de farsa o processo de diálogos levado a cabo até agora com o governo pela falta de resposta oficial às principais demandas dos trabalhadores.

A revogação da lei de Aliança Público-Privada – privatizante –, uma reforma agrária integral e um aumento salarial conveniente foram então as principais demandas da massa operária, mas nada disso se materializou no ano corrente.

O Congresso convocado para a próxima quinta-feira (26) terá em sua agenda analisar a situação atual da classe trabalhadora, a retirada das mesas de negociações com o governo e a possibilidade de levar adiante outra greve geral para fazer valer suas demandas.

“Após um ano de instalação da mesa de diálogo, não obtivemos qualquer resultado nem resposta da parte do Governo às reivindicações que motivaram a greve de 26 de março do ano passado”, indicou López.

“O Governo deveria responder e não fez nada, por isso cresce o descontentamento e vamos propor abandonar a mesa de negociações que a esta altura representa uma farsa e não um diálogo”, afirmou o dirigente operário.

Os principais agrupamentos operários envolvidos no protesto são a Central Única de Trabalhadores, Central Única de Trabalhadores Autêntica, Confederação de Companheiros Trabalhadores, Confederação Geral de Trabalhadores, Confederação Paraguaia de Trabalhadores e Central Sindical de Trabalhadores do Paraguai.

Fonte: Prensa Latina