Bancada do PCdoB discute agenda política com ministro Mercadante      

A bancada do PCdoB na Câmara esteve em reunião, na manhã desta quinta-feira (26), com o ministro da Casa Civil, Aloísio Mercadante, com quem conversou sobre o ajuste fiscal, a apuração dos casos de corrupção na Petrobras e a relação entre o governo e o Legislativo.  
 

 

Bancada do PCdoB discute agenda política com ministro Mercadante - Marcelo Favaretti

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), que participou da audiência, disse que o ministro manifestou preocupação com a aprovação das medidas de ajuste fiscal – as Medidas Provisórias 664 e 665 -, enquanto os comunistas insistiram que as MPs devem ser objeto de negociação que preserve os direitos dos trabalhadores.

“Nós falamos da nossa dificuldade de compreender o ajuste fiscal com relação à quebra de direito dos trabalhadores. Nossa posição é que não é necessário e nem conveniente nos afastarmos de setores da sociedade”, disse o deputado ao ministro.

O ministro disse que o tema está em debate, mas insistiu que os ajustes fazem parte dos ajustes mais gerais necessários a economia do país.

A bancada do PCdoB cobrou agenda mais propositiva e positiva do governo, com retomada de programas como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e medidas sociais. Daniel Almeida afirmou que o ministro Mercadante acenou com a retomada de contratos e que a presidenta Dilma está atenta a isso, mas insistiu com a necessidade do ajuste fiscal.

Sobre o momento político, o parlamentar disse que Mercadante falou também sobre a relação com o Congresso e a necessidade de estabilizar a relação com a base aliada.

“Ele reconhece a lealdade do PCdoB ao projeto do governo, fez agradecimentos e nós dissemos que esse compromisso com o projeto do governo é resultado do entendimento que temos com as opiniões expressas, mas cobramos mais do que tem sido feito na estabilização com o Congresso. O governo e a própria presidenta Dilma precisam se dedicar mais a isso”, contou o deputado.

Na reunião, os comunistas e o ministro também falaram sobre a Operação Lava-Jato. A avaliação deles é de que “é uma ação e diretriz do governo de combate à corrupção, que envolve outros setores, mas acaba sendo uma ação que produz uma sensação, por parte da sociedade, de que o governo está envolvido. O governo paga um preço por isso”, analisa Daniel Almeida, repercutindo a avaliação feita na reunião.

Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier