Exército de Myanmar controla região de conflitos    

O posto de comando das forças governamentais na cidade de Lukkai informou que suas tropas tomaram os principais bastiões do grupo rebelde e os obrigaram a se retirarem.

No entanto, confirmou que ainda persistem fortes tiroteios entre os soldados leais ao governo e o insurgente Exército da Aliança Democrática.

Informações não comprovadas dos meios locais apontam que os governamentais sofreram desde o início das hostilidades, no último dia 9 de fevereiro, 112 mortos e 287 feridos e os rebeldes, 104 baixas ao todo.

Em Yangon, a maior cidade de Myanmar, continuam as negociações entre os lados enfrentados, que inclui a busca de fórmulas políticas para acabar com os conflitos.

Como consequência dos choques em Kokang, cerca de 60 mil pessoas abandonaram seus lares e cruzaram a fronteira para a China.

A guerra civil tem sangrado Myanmar desde 1948, quando se retiraram os britânicos, os antigos amos coloniais, deixando a antiga Birmânia envolta no caos e na miséria.

Os governos militares que encabeçaram o país desde 1962 conseguiram controlar as aspirações das minorias shan, karen, rakhine, mon, chin ou kayah e kachin com o uso da força, mas ao mesmo tempo avivaram o ódio e a incompreensão mútuos.

A situação em Kokang complicou-se no final de 2014 com o retorno de Pheung Kya-shin, fundador do braço armado da minoria que leva o mesmo nome, com o propósito de disputar as eleições previstas para este ano no país asiático.

Fonte: Prensa Latina