Geração de emprego nos EUA é a mais fraca desde 2013

Diferente do que os pessimistas de plantão insistem em dizer, a crise não é uma exclusividade do Brasil, ou melhor, do governo Dilma. A criação de empregos norte-americanos foi a menor, o que eleva as preocupações sobre a recente desaceleração do crescimento econômico e postergar um aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos.

Desemprego EUA - Heartland

A criação de vagas fora do setor agrícola somou 126 mil postos de trabalho no mês passado, menos que a metade do ritmo registrado em fevereiro e o menor ganho desde dezembro de 2013, divulgou o Departamento de Trabalho nesta sexta-feira (3).

A fraqueza foi concentrada no setor de produção de bens, que tem sido afetado pelo dólar forte e preços mais baixos do petróleo. Os setores de lazer e hospitalidade também sofreram uma acentuada desaceleração no crescimento de empregos.

A taxa de desemprego se manteve em uma mínima em mais de seis anos e meio, de 5,5%, porque pessoas deixaram de integrar a força de trabalho. A taxa de participação da força de trabalho voltou a uma mínima de mais de 36 anos atingida no fim do ano passado.

"O relatório confirma a crescente narrativa sobre um ímpeto mais lento de crescimento visto em outros indicadores econômicos. E irá enfraquecer os argumentos para uma eventual alta da taxa de juros no meio do ano", disse Millan Mulraine, vice-economista chefe na TD Securities, em Nova York.

A criação fraca de empregos encerrou uma série de 12 meses seguidos com mais de 200 mil adições de vagas, série mais longa desde 1994. Além disso, dados de janeiro e fevereiro foram revisados para mostrar a criação de 69 mil postos a menos do que o anteriormente divulgado, dando ao relatório uma leitura ainda mais negativa.

Do Portal Vermelho, com informações de agências