CTB e convidados debatem desafios econômicos para classe trabalhadora

Começou nesta quarta-feira (8) o seminário Dilemas e Desafios para a Classe Trabalhadora, que tem o objetivo de investigar os impactos e efeitos das medidas governo para a população.

Seminário da CTB - CTB

A iniciativa é a primeira atividade das Jornadas CTB de Debates, uma parceria da central com o Dieese. O evento reúne professores, pesquisadores, líderes partidários e intelectuais de representativas instituições brasileiras e conta com a participação de mais de cem sindicalistas de todos os estados do país.

Coube ao dirigente Eduardo Navarro fazer a saudação inicial em seguida os palestrantes expuseram a situação da economia no país.

A mesa inaugural foi composta pelo pesquisador da Fundação Perseu Abramo, o economista Marcio Pochman, a professora de Política e História Econômica da Unicamp, Maryse Farhi e o diretor de estudos e pesquisa da Fundação Maurício Grabois, Aloísio Barroso, mediada pelo presidente da CTB-RJ, Ronaldo Leite, além da secretária de Formação Celina Arêas.

De acordo com Farhi “por causa da baixa qualidade da moeda brasileira o país depende do olhar do mercado internacional”. A professora analisa que apesar do atual cenário adverso, sob o risco de o país entrar em recessão “a desvalorização do Real permite um equilíbrio das forças externas, ao limitar o recurso à importação”, expressou.

Na opinião de Pochman, embora o país tenha alcançado avanços nos últimos anos, com os governos de Lula e Dilma, no âmbito social, político e econômico hoje há um esgotamento da relação Estado e Mercado. “Não fizemos o dever de casa de em associar o crescimento da economia com o avanço da cultura política”, para ele falta organização do movimento social para resistir às investidas da direita.

Já Barroso destacou que no cenário internacional os governos progressistas na América Latina abriram uma nova possibilidade de resistência ao domínio imperialista dos Estados Unidos. Ele citou também a inclusão do Brasil no BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que ano passado fundaram um banco e um fundo de investimento próprio como alternativa ao FMI e ao Banco Mundial.

Leia mais: 
CTB debate os desafios de organização da classe trabalhadora
Cabe ao campo progressista defender a democracia, diz Renato Rabelo

Fonte: CTB