Solenidade dos 93 anos PCdoB em MG reafirma defesa pela democracia

Com o plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Alemg) cheio na noite da última segunda-feira (13), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) celebrou seus 93 anos de fundação e história. A sessão contou com a presença de militantes do partido, representantes dos movimentos sociais e sindicais, vereadores, prefeitos e autoridades políticas estaduais.

A direção nacional do Partido foi representada pela vice-presidenta nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos. Em sua fala, a parlamentar afirmou que “a história do PCdoB se confunde com a história do povo brasileiro. Não há um momento importante em que não esteja lá a participação dos militantes, homens e mulheres do PCdoB não tenham participado desde 1922”.

Sobre o atual cenário político, a dirigente nacional relembrou que, nas eleições de 2014, Minas Gerais não negou fogo e teve um papel expressivo para garantir a vitória da presidenta Dilma Rousseff. Ela chamou a atenção do partido manter-se forte ao lado do governo federal, do projeto de Nação que o PCdoB ajudou a eleger, posicionando-se contra todas as formas de discriminação, a redução da maioridade penal e, sobretudo a PL 4330/2004, que fere diretamente os direitos dos trabalhadores.

“Não vamos permitir esse crime contra o trabalhador que é a terceirização. Não podemos retroceder no que é vital para o nosso desenvolvimento. Essa proposta desregula tudo que foi duramente conquistado pelos trabalhadores. Nós sabemos o que representa a terceirização no Brasil, que é a precarização do trabalho, 25% dos salários a menos, 88% de rotatividade, um desvio do fisco e da arrecadação com aumento da sonegação fiscal”, ponderou a vice-presidenta.

O deputado federal Wadson Ribeiro, presidente do PCdoB-Minas, disse que o PCdoB não é um partido de ocasião e sim um partido de uma grande causa, que é a construção do socialismo no país. “Os comunistas têm lado na luta política, e entendemos que o nosso lado é ao lado dos trabalhadores e da presidenta Dilma. Estamos contra a direita e esses setores que querem aniquilar a democracia brasileira através de impeachment e intervenções de todo tipo. Interromper o governo da presidenta Dilma é enfraquecer a unidade latinoamericana”, destacou Wadson.

Wadson também ressaltou o importante papel da militância comunista e da bancada do PCdoB no Congresso diante do atual cenário político nacional. Ele reforçou a necessidade da união de amplos setores brasileiros em busca de uma pauta política mais avançada. “Somos herdeiros da luta pela democracia. Precisamos nos unir para dar condições para governo federal fazer uma pauta mais avançada como é o caso da taxação de grandes fortunas para a saúde. Nossa pauta é o desenvolvimento nacional e não o retrocesso como alguns querem”.

Em diversos momentos nas falas dos presentes foi lembrada a longa trajetória de luta do PCdoB, o partido mais antigo do Brasil. O deputado estadual Celinho do Sinttrocel – autor do requerimento que deu origem à homenagem – destacou que “o primeiro compromisso dos comunistas é com as liberdades democráticas. Vamos à luta e não vamos aceitar golpes contra a democracia, que custamos tanto a conquistá-la”.

Também participaram da homenagem, a deputada federal, Jô Moraes, o secretário de Estado de Turismo, Geraldo Pimenta, o prefeito de Contagem, Carlin Moura, o presidente da Alemg, o deputado estadual Adalclever Lopes (PMDB), a presidenta da CUT-MG, Beatriz Cerqueira, o vice-presidente da CTB-Minas, José Antônio de Lacerda, e a presidenta do Partido dos Trabalhadores em Minas, Maria Aparecida de Jesus.

Homenagens

Durante a solenidade, a deputada Luciana Santos recebeu uma placa em homenagem ao partido das mãos do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado estadual Adalclever Lopes. Também foram ainda homenageadas seis pessoas pelo Partido pela contribuição que deram em vida na luta em defesa aos direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro. Foram agraciados com homenagens Dona Valdete Cordeiro (in memorian), Hercília Levy (in memorian), José Theodoro Guimarães da Silva (in memorian), Idalísio Soares Aranha (in memorian), Ercio Sena e Manoel Geraldo Cação Pereria, o Quincas.

Por George Cardoso, colaborou Mariana Viel