Rússia destaca papel da América Latina em mundo multipolar
O chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou, nes ta quinta-feira (16), que a América Latina é um importante pilar para o estabelecimento de um mundo multipolar e de um sistema policêntrico em formação, que deve garantir a estabilidade das relações internacionais.
Publicado 16/04/2015 16:40

“Temos valores comuns, princípios comuns que compartilhamos de maneira objetiva com os povos dessa região”, afirmou. O Ministro disse que a Rússia e a América Latina querem viver como seus povos desejam.
“Queremos cooperar com todos em igualdade de condições, obter vantagens mútuas dos projetos conjuntos na esfera econômica, no comércio, na ciência, na cultura e em qualquer outra esfera da atividade humana”, expressou.
Ele indicou que seu país e seus parceiros latino-americanos querem que o mundo funcione mediante o consenso de diferentes centros de desenvolvimento, incluída entre eles a América Latina, o continente euroasiático e a Federação Russa.
Lavrov destacou que essas regras foram desenhadas depois da Segunda Guerra Mundial e confirmadas pela Carta das Nações Unidas como únicas para todos em condições de respeito.
Minutos antes, na presença dos embaixadores latino-americanos, o chanceler abriu a exposição que inclui atas, protocolos e fotos sobre os vínculos estabelecidos a partir do século 19 com os países da região.
Lembrou que o imperador russo Alexandre I manifestou interesse pelo que acontecia no hemisfério ocidental desde os tempos do Grito das Dores (começo da revolução mexicana), liderado pelo padre Miguel Hidalgo, no México; e os primeiros governos independentes da América do Sul.
Este ano comemoramos 130 anos de relações com a Argentina, 120 com o México e 80 com a Colômbia, disse lembrando que no dia 8 de maio completam 55 anos da restauração dos vínculos diplomáticos com Cuba.
Foi enfático ao lembrar que, em poucas semanas, será comemorado o aniversário de número 70 da vitória sobre o fascismo na Segunda Guerra Mundial, acontecimento que foi uma contribuição ao diálogo entre ambas as partes e à aspiração de cooperar e estabelecer apoio mútuo.
“Nós e nossos parceiros latino-americanos preservamos os monumentos e a memória daqueles anos, o que se reflete em nossas posições na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde consideramos inadmissível a glorificação do fascismo e a revisão da história’, expressou Lavrov.
Por isso, acrescentou, é importantíssima esta exposição de documentos sobre as relações da Rússia com a América Latina.
Fonte: Prensa Latina