Pesquisador da Antártica pede debate na Câmara sobre ciência
O glaciologista, explorador polar e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Jefferson Simões, especialista em pesquisas na Antártica, esteve, esta semana, em audiência com a presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), a quem solicitou a realização de uma audiência pública sobre a presença da ciência na cooperação internacional.
Publicado 18/04/2015 09:29
“Este é um assunto estratégico para o Brasil e está intimamente relacionado ao futuro do país. Está no cerne da atividade científica esta cooperação internacional. Ela é essencial para o desenvolvimento científico”, explicou o cientista.
A importância do investimento em ciência “é determinante para a construção de políticas climáticas. O caso da Antártica é considerado particularmente exemplar exatamente pela sua facilidade de cooperação e compartilhamento dos dados de pesquisa extraídos dali. O Tratado da Antártica obriga os países a isto”, completou.
A proposta foi bem recebida pela deputada Jô Moraes, que demonstrou seu apoio à solicitação do glaciologista e à organização da audiência pública para apresentar o tema.
Proantar
O pesquisador comentou ainda sobre a pouca visibilidade do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). “O envolvimento da sociedade e do parlamento ainda é pequeno”.
O Proantar foi instituído pelo governo do Brasil em janeiro de 1982, com propósitos científicos e políticos referentes à Antártida. Ambos os propósitos foram atingidos em 1984, com a instalação da Estação Antártica Comandante Ferraz, na região.
Os objetivos científicos do Programa Antártico Brasileiro incluem o desenvolvimento de pesquisas no continente Antártico para ampliar o conhecimento dos fenômenos naturais que ali ocorrem e sua repercussão sobre o território brasileiro
Do Portal Vermelho
De Brasília, com informações da Ass. CREDN