EUA aprofundam alianças regionais contra a China

Milhares de soldados dos Estados Unidos e Filipinas participarão dos exercícios militares alargados, em meio a crescentes tensões na região da Ásia-Pacífico e as tentativas da China de reivindicar territórios no mar do Sul da China.

 

EUA - © AFP 2015/ AHMAD AL-RUBAYE

Soldados norte-americanos e filipinos começarão os exercícios anuais de dez dias na segunda-feira (20) nas Filipinas com o dobro do número de soldados do que no ano passado.

Este pode ser um sinal do aprofundamento da aliança militar entre os dois países.
Os EUA e as Filipinas mandarão 6.656 e 5.023 soldados, respetivamente, para participar das manobras.

As Filipinas estão buscando mais militares dos EUA e apoio diplomático para conter os crescentes esforços da China de estabelecer a soberania em áreas disputadas no mar do Sul da China, bem como no mar da China Oriental.

Os países da região, tais como as Filipinas, Vietnã, Malásia, Brunei e Taiwan, têm disputas com a China em relação a diversos territórios no mar do Sul da China. Os territórios disputados incluem as ilhas Spratly, ilhas Paracel, Ilhas Pratas e recife de Scarborough Shoal. Algumas das disputas foram decididas pela Organização das Nações Unidas.

Pequim tem repetidamente anunciado que as regiões em disputa são uma parte do território da China. Declara que, não importa o que os outros digam ou façam, isso não pode ser alterado.

A maioria dos analistas caracteriza as atuais relações sino-americanas como sendo complexas e multifacetadas. Os dois países normalmente não são nem aliados nem inimigos, os EUA consideram a China como adversário, mas também um concorrente em algumas áreas e um parceiro em outras, primeiramente no comércio. A China é também o maior credor externo dos Estados Unidos.

Na questão destes territórios, os Estados Unidos tomaram o lado dos seus aliados regionais: as Filipinas, o Japão e Taiwan, contra Pequim.

Os exercícios dos EUA e Filipinas, que a China poderia ver como a provocação, ameaçam as relações sino-norte-americanas e poderiam as transformar em oposição aberta.

Fonte: Sputnik News