Indígenas paraguaios mobilizam-se para defender terras

Comunidades indígenas paraguaias mobilizam-se contra o perigo que hoje representam projetos de empresas estrangeiras, entre eles os de exploração petroleira em seus territórios ancestrais.

Indígenas paraguaios

No meio da comemoração pelo Dia do Indígena Americano, dirigentes das diferentes etnias radicadas especialmente na zona do Chaco paraguaio reivindicaram às autoridades escutar previamente os residentes originários, antes de realizar atividades desse tipo.

Uma audiência pública realizada em Lagerenza, no departamento do Alto Paraguai, serviu para reivindicar a plena participação dos líderes indígenas no debate prévio sobre o tema tomando sempre em conta o respeito aos mencionados territórios.

Uma intervenção importante foi a de Oscar Posorajna, dirigente do povo ayoreo, que vive na localidade de Carmelo Peralta, que propôs apenas as organizações sociais e as não governamentais que os apoiam em suas lutas para evitar que se violem os direitos históricos dos indígenas. Posorajna apontou como um exemplo o caso do Cerro León, zona Patrimônio da Humanidade, localizada no departamento e as intenções de uma empresa estrangeira de praticamente invadí-la em seu afã de descobrir reservas petrolíferas e proceder sua posterior exploração em condições de grande faturamento para elas.

Um dos perigos assinalados é o impacto ao meio ambiente e também aos povos da floresta ali residentes, pelo qual o ingresso de pessoas alheias para essas atividades gera desequilíbrio e até o desaparecimento dos grupos que vivem em condições de isolamento voluntário.

As propostas dos indígenas e seu esforço diário para defender tais áreas da voracidade do investidor privado estrangeiro ou nacional, incluem críticas específicas a autoridades locais e departamentais que mostram, segundo eles, desinteresse em apoiar os povos originários.

Agora o chamamento é para solidificar a unidade dos setores populares com os representantes indígenas para fazer cada vez mais presente a existência de suas reivindicações e a defesa de seus históricos direitos.

Fonte: Prensa Latina