Em visita à Rússia, Kirchner enaltece reindustrialização argentina
A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, assegurou, nesta quarta-feira (22), em um Foro empresarial russo-argentino, que o processo de reindustrialização de seu país na última década, sem privatizar as exportações, solidificou a economia da nação sul-americana.
Publicado 22/04/2015 15:44

Ao intervir dentro do programa da missão comercial multi setorial que acompanha, a dirigente destacou esse processo ocorrido em seu país e o qualificou de um dos "mais importantes e inéditos pelo tempo em que se realizou".
A presidenta enfatizou que não foram reprivatizadas as exportações argentinas, como sucedeu em boa parte do continente, e proclamou que além de ter indústria e desenvolver infraestrutura, neste ano Argentina terá a colheita de grãos mais importante de sua história, com 115 milhões de toneladas.
Ela detalhou que no processo de reindustrialização, o país se baseia em três ou quatro eixos econômicos fundamentais, o qual permite hoje ter uma economia forte, com fundamentos que transformam a Argentina em um país sólido e previsível.
"Não somente a médio, sim também em longo prazo, com uma reindustrialização que marcou junto à infraestrutura a estimulação do trabalho, o desendividamento argentino", disse no Foro ao que coincidiram centenas de empresários russos.
Uma referência especial fez a presidenta à indústria energética nacional, da qual destacou não se limitou ao papel de simples abastecedor de matérias prima, sim também derivados e equipes vinculadas à produção.
“Temos recuperado este verdadeiro vetor da economia a partir de 2012”, relembrou em referência ao ano em que Buenos Aires expropriou o consórcio energético YPF.
Com respeito a esse setor da economia, agregou que já se negociou as diferenças com a espanhola Repsol, o que localiza a Argentina como a segunda reserva de gás não convencional e a quarta reserva de petróleo não convencional.
A presidenta mencionou a importância das jazidas de Vaca Morrida, onde a Argentina não só quer ficar como um fornecedor de hidrocarbonetos, mas também se converter em produtor de ferramentas, maquinarias e tudo o que implica a exploração petrolífera. “Este é o verdadeiro desafio”, concluiu a presidenta da nação sul-americana.
Fonte: Prensa Latina