"Um suicídio político", afirma Roberto Amaral sobre fusão do PSB e PPS
Fundador e ex-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, condenou a fusão entre a legenda e o PPS em entrevista ao Jornal da Paraíba, publicada na última sexta-feira (9). Segundo ele, o PPS é ideologicamente diferente do PSB, que desde o seu início milita na esquerda democrática.
Publicado 11/05/2015 11:25
“Eu vejo como um suicídio político e uma burrice estratégica. Suicídio político porque o PSB assassina sua história, rasga o seu programa e ultraja a biografia dos seus fundadores. Essa fusão é o avanço na opção pela direita e é incompatível com a história de um partido da esquerda democrática e um partido que ainda se diz socialista”, enfatizou Amaral.
Amaral foi ainda mais duro ao criticar a aliança com o PPS. “A minha restrição é ideológica, política e estratégica. O PPS é um partido que nasceu da traição. Ele nasceu da traição de Roberto Freire ao partido qual ele pertencia, que era o PCB. É um partido que nasceu para destruir outro e desde que nasceu vem militando na direita. Hoje o PPS está à direita do PSDB”, afirmou.
Segundo Amaral, a fusão é “uma burrice estratégica” devido à conjuntura política atual do país, em que, segundo ele, o PSB poderia se destacar no campo da esquerda.
“O PSB pela sua história tinha todas as condições efetivas de ser o estuário de todos aqueles que no Brasil lutam pelos princípios do socialismo democrático”, disse.
Para ele, o partido “se transforma em um joguete da direita” e renuncia a seu papel ideológico. “O PSB renunciou a si próprio, é um suicídio. Ele poderá ser qualquer coisa menos o PSB”, adverte.
"Fusão do PSB e PPS é moralmente inaceitável", afirma Roberto Amaral
PSB autoriza fusão com PPS, mas convenção ainda deve oficializar
Do Portal Vermelho, com informações do Jornal da Paraiba