Fusão entre PSB e PPS caminha para aprovação em convenção
Em reunião, nesta terça-feira (12), os presidentes dos diretórios estaduais do Partido Socialista Brasileiro aprovaram, em sua maioria, a fusão da legenda com o PPS. O encontro, convocado pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, foi realizado na sede da legenda em Brasília e contou com a presença de membros do Conselho de Presidentes Estaduais do partido que aprovaram, em sua maioria, a fusão.
Publicado 13/05/2015 11:09
Sob forte disputa interna, o PSB vai se distanciando cada vez mais do campo progressista e se encontra com pouca perspectiva de retomada do histórico ideológico da sigla, afastando-se publicamente do campo socialista e aliando-se à direita conservadora e oposicionista na ânsia de ocupar mais espaços de poder visando as eleições.
Um dos fundadores e ex-presidente nacional do do PSB, Roberto Amaral, já havia criticado a fusão, dizendo que sua restrição é ideológica, política e estratégica. “Eu vejo como um suicídio político e uma burrice estratégica. Suicídio político porque o PSB assassina sua história, rasga o seu programa e ultraja a biografia dos seus fundadores. Essa fusão é o avanço na opção pela direita e é incompatível com a história de um partido da esquerda democrática e um partido que ainda se diz socialista”, disse ele.
Amaral também discorre sobre o histórico do PPS. “É um partido que nasceu da traição. Ele nasceu da traição de Roberto Freire ao partido ao qual pertencia, que era o PCB. É um partido que nasceu para destruir outro e desde que nasceu vem militando na direita. Hoje o PPS está à direita do PSDB”, afirmou.
O atual presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que o processo de fusão seguirá adiante independentemente das críticas. "É a opinião dele [Roberto Amaral], mas, certamente, não é a opinião da maioria do partido. Vamos decidir pela maioria", tergiversa.
O PSB informou que a decisão final será na convenção nacional do partido marcada para 20 de junho, em Brasília.
Do Portal Vermelho, com agências