Bancários da CTB defendem mudanças na Campanha Salarial 2015

Para debater as estratégias e desafios da Campanha Salarial 2015, a Coordenação dos Bancários da CTB se reuniu na manhã desta terça-feira (12), em São Paulo, na sede da central. A categoria entende que o atual momento político do país é bastante complexo e por isso as estratégias devem acompanhar a conjuntura.

Bancários da Bahia - CTB

De acordo com Eduardo Navarro, vice-presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb-Base), "além dos eixos principais como aumento real, garantia de emprego e condições de trabalho, os dirigentes classistas defenderão, junto ao comando nacional, mudanças na dinâmica da Campanha Salarial 2015, com propostas que coloquem o bancário no centro da discussão".

Na opinião dos sindicalistas, a campanha salarial se dará num momento de grande agitação na sociedade brasileira, diante de uma crise econômica e política, que em nada afetou a lucratividade dos bancos. “Definimos as propostas, que ainda serão levadas ao comando nacional, que nos aproximem da base. A ideia da CTB é que tenhamos uma campanha salarial nas ruas, com muita agitação e pressão”, defendeu Emanoel de Souza, presidente da Federação.

Mesmo num ano de crise e efervescência política, os maiores bancos brasileiros tiveram recordes de lucro, segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). As instituições ganharam com cobranças de taxas e serviços. Lucros que serão aumentados com regulamentação da terceirização, defendida no PL 4330, que tramita no Senado Federal, e que já afeta sobremaneira o cotidiano da categoria.

A proposta do núcleo é elevar o debate da luta contra a terceirização para sociedade como um todo, visando a aglutinação das forças. “Fazem parte de nossas propostas ao comando nacional a organização de um núcleo de coordenação política e a formação de um comando único, ambos com a participação de todas as centrais sindicais”, argumentou Emanuel de Souza.

Ampliação da participação da base

Outra proposta construída pela coordenação é a implantação de critérios mais democráticos para as conferências estaduais e regionais, que permitam a ampliação da participação dos bancários da base, e o aumento no número de delegados na etapa nacional. “A coordenação dos bancários da CTB irá procurar as outras forças políticas com o objetivo de fazer um encaminhamento conjunto, no sentido de construir uma ampla unidade no comando”, declarou o sindicalista.

O objetivo do núcleo é unificar as forças e ouvir os bancários da base que, mesmo com a alta rentabilidade dos bancos, enfrentam cotidianamente assédio moral, pressão por metas e péssimas condições de trabalho. “Queremos ouvir as propostas em cada local de trabalho mediante consulta nacional”, defendeu Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA).

Do Potal Vermelho, com CTB