Comunistas do Chipre e da Turquia analisam crise no Oriente Médio

Os dois partidos debateram conjuntamente os dramáticos acontecimentos no Oriente Médio, as guerras na Síria e no Iraque, as intervenções militares das forças da Otan, o papel reacionário das organizações terroristas fanáticas e a instabilidade geral na área. Os comunistas cipriotas e turcos debruçaram-se também sobre a situação na Palestina e reafirmaram sua solidariedade ao povo palestino.

Os dois partidos expressaram uma opinião comum de que os planos dos Estados Unidos e da Otan sobre um “novo Oriente Médio”, a desestabilização e a atual repartição das riquezas naturais da região representam a causa das guerras e conflitos. Esta desestabilização viola os princípios fundamentais do Direito Internacional, resulta no massacre dos povos, incentiva o nacionalismo e o ódio e entra em conflito com a causa da paz, do direito e dos interesses dos povos da região, inclusive os povos cipriota e turco. Os dois partidos afirmam que estão lutando pelo direito dos povos à soberania, à liberdade e à paz em toda a região.

O Partido Progressista do Povo Trabalhador do Chipre e o Partido Comunista da Turquia se opõem à militarização do Mediterrâneo, exigem um Mediterrâneo livre das tropas e armas nucleares, respeito à soberania e à integridade territorial de todos os Estados. E dão boas-vindas à iniciativa do movimento pela paz no Chipre e na Turquia, como também à significativa iniciativa dos sindicatos classistas dos trabalhadores greco-cipriotas e turco-cipriotas, que conduzem suas lutas sob as condições da barbárie imperialista.

Os dois partidos debateram ainda sobre o problema cipriota. Eles acreditam que o impasse nas negociações é prejudicial. Consideram que as ações unilaterais do governo turco representam mais um exemplo da política expansionista turca. Os dois partidos denunciam a colonização em curso, seja greco-cipriota ou turco-cipriota.

Por isso, ambos os partidos consideram que a solução do problema cipriota é uma necessidade urgente; deve ser encontrada uma solução por meio do diálogo para chegar a um acordo por um Chipre livre da ocupação, desmilitarizado, a salvo de ameaças de intervenção, um Chipre reunificado sobre a base de uma federação das duas comunidades e das duas regiões, com soberania única, uma só personalidade internacional e apenas uma cidadania, com igualdade política, como estabelecem as resoluções da ONU.

Os comunistas cipriotas e turcos manifestam a convicção de que a luta comum dos greco-cipriotas e turco-cipriotas pela solução do problema do Chipre com base nas resoluções da ONU e no Direito Internacional, é parte integrante de um futuro de paz e prosperidade.

Os dois partidos concordaram em trabalhar mais intensamente para fazer com que uma parte cada vez maior dos povos dos dois países reconheça a exigência imperiosa da fraternidade.

Fonte: Blog Resistência e www.marx21.it