Governo federal diz que risco de racionamento em 2015 é mínimo

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o risco de faltar energia caiu para 2,4% no mês de maio, abaixo do nível mínimo de segurança, que é de 5%. Para o Nordeste, o risco baixou para zero. 

iluminação pública

O Brasil está mais seguro de que terá energia elétrica suficiente para abastecer as empresas e os consumidores residenciais. Neste ano, o risco de faltar energia caiu para 2,4% nas regiões Sudeste e Centro Oeste, bem abaixo do nível de segurança que é de 5%. Manteve-se também a tendência de queda no indicador, que era de 6,1% em março e diminuiu para 4,9% em abril.

A situação é mais favorável no Nordeste, onde o risco havia sido de 1,2% nos meses de março e abril. Agora, está em zero, afastando a possibilidade de racionamento. Os números foram apresentados nessa quarta-feira (13) durante a reunião mensal do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne o Ministério de Minas e Energia e os órgãos reguladores do setor.

“Com base nas análises efetuadas, observa-se que as condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional melhoraram em relação ao mês anterior”, diz a nota do CMSE, afastando os temores de escassez na oferta de energia, por conta da irregularidade nas chuvas deste ano.

Segundo o CMSE, as chuvas tiveram uma distribuição irregular no mês de abril. Choveu acima da média no Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais (local fundamental para os reservatórios das principais hidrelétricas) e Bahia. Os volumes de chuvas ficaram abaixo da média nos estados do Sul e em grande parte das regiões Nordeste e Norte.

Investimentos

A partir de 2003, ocorreu uma aceleração nos investimentos para garantir o abastecimento de energia elétrica no Brasil. A capacidade instalada de geração saltou 67%, passando de 80,3 mil MW (megawatts) em 2001 para 133,9 mil MW no ano passado. Segundo o Ministério de Minas e Energia, entraram em operação mais 1.500 MW no primeiro trimestre de 2015.

Também houve um crescimento expressivo das linhas de transmissão, uma vez que o sistema elétrico brasileiro é interligado e com múltiplas fontes (hídrica, eólica, nuclear, térmica e biomassa). A energia produzida numa região pode ser levada a outra parte do País. De 2001 a 2014, as linhas cresceram 79%, chegando atualmente a uma extensão de 125,8 mil quilômetros.

Transparência nas contas

Outro dado positivo é que os consumidores já podem acompanhar, em suas faturas mensais, como está a situação da energia no Brasil. Foi implantado em definitivo o sistema de “Bandeira Tarifária”, que sinaliza a tendência da área de geração e mostra qual o impacto provável nas contas de pessoas comuns e das empresas.

São três as bandeiras:

• Verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;

• Amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,025 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido;

• Vermelha: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,055 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido.