El Salvador aprecia benefícios de cooperação com a Rússia

“Nossa política exterior é aberta, estamos abertos ao mundo, e quando interatuamos com os países buscamos benefícios para essas nações e nosso Estado”, sublinhou Martínez.

Ele recordou que com a Rússia as relações remontam a mais de 20 anos, mas destacou que o período desde 2009 está marcado por um dinamismo notável, com um potencial em perspectiva.

”Estamos interessados em aumentar o comércio, o turismo, os investimentos, mas também queremos que esta cooperação nos permita que a Rússia compartilhe sua experiência na luta contra o narcotráfico, o crime organizado e no gerenciamento de riscos e desastres naturais”, afirmou o ministro.

“São campos potenciais nos vínculos bilaterais e regionais, entre a Rússia e a América Central, importantíssimos para nós”, enfatizou.

Martínez ponderou também “a importância da cooperação no âmbito multilateral e a busca de convergência para enfrentar os novos desafios que ameaçam a humanidade e a democracia mundial como o crime organizado transnacional”, advertiu.

Referiu-se à necessidade de uma interação no confronto de outros problemas globais como o desenvolvimento social dos países e a mudança climática, “que podem derivar em situações devastadoras em algumas partes do planeta, e a melhor forma de enfrentá-los é de maneira coordenada”, disse.

Durante a coletiva de imprensa conjunta com o chanceler russo, Serguei Lavrov, Martínez destacou um intercâmbio fluído com a Rússia em diversas esferas, nos últimos quatro anos.

Considerou que os laços bilaterais contribuíram para relações mais profundas de Moscou com o Sistema de Integração Centro-americana (SICA) e com a América Latina, em geral.

Mencionou acordos existentes em matéria de segurança e de isenção de visto, este último que entrará em vigor em breve, e um convênio de proteção dos investimentos.

Segundo o chefe da diplomacia salvadorenha, seu país respalda a solicitação russa de incorporar-se ao SICA como observador extrarregional, o que, na sua opinião, permitirá dinamizar as relações, sobretudo para o segundo semestre, quando El Salvador ocupará a presidência rotativa do mecanismo integracionista.

Politicamente, o chanceler mostrou confiança em que os dois países concordarão em ações para apoiar metas importantes na área internacional, como o financiamento para o desenvolvimento social e a conferência sobre mudança climática.

“Pretendemos interatuar e unir pautas comuns em prol de um contexto de paz, segurança e democracia no mundo”, afirmou o ministro de Relações Exteriores de El Salvador.