Mulheres de esquerda governam importantes cidades espanholas 

Manuela Carmena, uma ex-juíza de 71 anos e ex-parlamentar dirigirá a prefeitura da capital espanhola. O partido dela também conseguiu eleger 20 vereadores nas eleições municipais de 24 de maio, e se dedica a garantir meios e recursos municipais para paralisação de despejos e garantia de uma alternativa habitacional.

Além disso, procura deter a privatização dos serviços públicos, a terceirização de serviços locais a grandes empresas e a venda de patrimônio público, assinala a versão digital do jornal El País.

A nova prefeito de Madri diz que promoverá um plano urgente para a inserção trabalhista de jovens e desempregados, no meio de um desemprego superior ao 25% e próximo a 50% no caso dos mais jovens.

Durante sua campanha, Carmena defendeu "uma política diferente", focada na atenção ao critério popular e uma relação mais estreita entre governo e comunidade.

Por outro lado, a ativista Ada Colau, da plataforma Barcelona em Comú, assumiu o poder nessa cidade, com a promessa de manter a estabilidade e de respaldar a mudança e novas formas de fazer política.

Depois das eleições de 24 de maio, consolidou-se neste país a ascensão de dois partidos emergentes que, ainda que com diferentes posições ideológicas, contribuíram para marcar o que para muitos é o início do fim do bipartidismo.

Com um programa próximo à esquerda, eles mostram ser uma força importante para as próximas eleições gerais, ainda que não tenha participado com sua marca nas eleições municipais, mas sim com alianças com movimentos sociais e outras formações.