Lula: Tenho orgulho de ter aberto mercados para empresas brasileiras

Em entrevista a colunista do Brasil 247, Tereza Cruvinel, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter orgulho de ter sido o presidente que mais trabalhou para abrir mercado para as empresas brasileiras no mundo.

Lula em seminário no Instituto Lula - Instituto Lula

“Tenho orgulho de ter sido o presidente que mais trabalhou para abrir mercados para as empresas brasileiras no mundo. Quero ser lembrado como o presidente que mais levou comitivas de empresários, dos mais diversos setores, em suas viagens. Levei centenas de empresários comigo à China, à Índia, à África, aos quatro cantos do mundo”, afirmou Lula rebatendo as ilações sobre a sua relação com empresas brasileiras alvos de investigação na Operação Lava Jato.

Segundo o ex-presidente, essa ação fez saltar o fluxo de comércio internacional do Brasil, que em seus dois mandatos passou de US$ 107 bilhões para US$ 383 bilhões. Ele destacou ainda que em oito anos o saldo na balança comercial passou de US$ 1 bilhão para US$ 35 bilhões.

“Se os presidentes da República tivessem que ser criminalizados por ajudarem as empresas de seu país, o Bill Clinton não teria ajudado a americana Raytheon a vender o Sivam para o Brasil”, lembrou ele, referindo ao escândalo de corrupção na compra do Sistema de Vigilância da Amazônia, o Sivam, durante o governo FHC, 1998.

A atuação internacional de Lula vem sendo questionada desde o início da Operação Lava Jato. Desde então, só a revista Veja já publicou cinco capas especulando que um dos presos vai denunciar Lula, envolvendo-o com os casos investigados pela operação. Em uma, o personagem foi o doleiro Alberto Youssef, depois o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, seguido de Ricardo Pessoa, da UTC, de Leo Pinheiro, da OAS, e agora do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.