Ministro diz que há recursos para construir aeroportos regionais 

O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, garantiu, nesta terça-feira (7), que há recursos para viabilizar o Programa para a Aviação Regional do governo. O programa prevê a ampliação no número de aeroportos regionais que recebem voos regulares de 80 para 270, até o final do governo Dilma Rousseff. Desse total, 67 serão no Norte; 64 no Nordeste; 31 no Centro-Oeste; 65 no Sudeste; e 43 no Sul.

Aviação - Reprodução

Padilha participou de audiência pública na Comissão de Viação e Transportes sobre a situação da aviação no Brasil. “O Fundo Nacional da Aviação tem receita própria, não depende do Orçamento da União. Neste ano o fundo vai arrecadar R$ 4,5 bilhões. O orçamento do programa para este ano é de R$ 2,9 bilhões. Portanto, o programa tem recursos, e a presidenta Dilma já disse que é prioridade dela.” O total de investimentos previstos, durante os quatro anos de implementação, é de R$ 7,3 bilhões.

Segundo Padilha, a maior parte desses novos aeroportos está em fase de estudos de viabilidade técnica, mas 64 já estão com licenciamento ambiental para as obras. Uma das prioridades, segundo ele, são os aeroportos na Amazônia legal. Na audiência, o deputado Silas Câmara (PSD-AM) reclamou da falta de voos em municípios do Amazonas, que estariam isolados.

O governo federal será responsável pelo investimento na infraestrutura dos 270 aeroportos, ficando a gestão dos aeroportos com os estados e municípios. A União também vai subsidiar parte das passagens para garantir a existência dos voos, comprando parte dos assentos até que as novas rotas regionais se consolidem. “Hoje não temos empresas aéreas operando nesses locais porque não tem passageiro, e não tem passageiro porque não tem empresa aérea”, disse Padilha.

De acordo com o ministro, nenhum setor tem tanta garantia de crescimento. Ele acredita que a demanda por transporte aéreo brasileiro vai continuar crescendo. “Devemos triplicar a capacidade em 20 anos", estimou.