Em reunião com Dilma, centrais sul-americanas defendem democracia
A presidenta Dilma Rousseff recebeu na noite desta quinta-feira (16) no Palácio do Planalto em Brasília, representantes das centrais sindicais de países da América do Sul que reafirmaram sua posição em defesa da democracia na região.
Publicado 17/07/2015 09:56

Os sindicalistas, que estavam reunidos desde a última terça (14) junto aos movimentos de todo o continente na 18ª Cúpula Social do Mercosul, entregaram para a presidenta uma declaração, em nome da Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), na qual denunciam as tentativas de desestabilização dos governos progressitas nos últimos anos.
"Diante das ameaças à democracia, a preservação da instucionalidade é fundamental para obter mais avanços. A interrupção do processo democrático não interessa aos trabalhadores", expressou o dirigente da CTB, Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, que representou a Central na reunião acompanhado pela secretária de Formação, Celina Arêas.
Para Vasconcelos, o movimento sindical tem exercitado o binômio unidade e luta em relação aos governos da região. "Nem sempre os posicionamentos dos governos coincidem com as opiniões das Centrais e, por isso mesmo, fazemos a crítica, de que é exemplo nosso enfrentamento à política econômica de juros altos e austeridade fiscal, mas devemos reconhecer que há uma nova etapa de diálogo que possibilitou avanços na última década para maioria do povo. Uma eventual derrota desse projeto fará o jogo dos nossos adversários e não podemos ser ingênuos", afirmou.

Dilma agradeceu o apoio recebido e afirmou que considera importante este diálogo com o movimento sindical. Ela disse ainda que a posição das centrais vai influenciar nos desdobramentos da reunião com os chefes de Estado do Mercosul que ocorre nesta sexta (17), durante o encontro será assinado por eles a Nova Declaração Sócio Laboral do bloco.
A presidenta valorizou o Focem (Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul) como instrumento para diminuir as assimetrias entre os países e fortalecer a integração não só no âmbito comercial, mas também no social e cultural. Desde que foi criado, o fundo tem contribuído para melhorar setores como habitação, transportes entre outros.
A reunião contou com a presença do secretário geral da CCSCS, Antonio Jara, além de representantes das centrais que compõem a organização entre elas a CTB, CUT, UGT, Foça Sindical, PIT-CNT, CGT e CTA.