CPI do BNDES ouvirá Luciano Coutinho na próxima semana
A CPI que investigará o BNDES aprovou em sua primeira reunião de trabalho, na terça-feira (11), um convite para que o presidente do órgão, Luciano Coutinho, compareça à comissão para falar sobre as operações da instituição. A ida de Coutinho está prevista para a próxima quinta-feira (20), mas por se tratar de convite, o dirigente do banco não é obrigado a comparecer.
Publicado 13/08/2015 08:27
O requerimento, apresentado pelo 1º vice-presidente da CPI, deputado Miguel Haddad (PSDB-SP), foi alterado de convocação para convite, após recebimento de ofício enviado por Coutinho se dispondo a depor na CPI.
Para o deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA), ao contrário do que apostava a oposição, o governo tem demonstrado grande disposição em esclarecer os financiamentos concedidos pelo BNDES desde 2003. “A disposição do governo é um fato importante. Ficará mais que esclarecido todos os elementos que fazem com que o BNDES continue sendo um instrumento importante do nosso desenvolvimento”, avalia.
De acordo com o parlamentar, a CPI “prestará um grande serviço de esclarecimento à nação”. “O BNDES vem sendo utilizado como instrumento de desenvolvimento e de fortalecimento da empresa nacional durante os governos de Lula e Dilma. É um banco criterioso e competente. E é isso que ficará claro no final desta CPI”, diz.
Na reunião, os parlamentares aprovaram o plano de trabalho proposto pelo relator da comissão. De acordo com a proposta, os trabalhos da CPI devem se iniciar com os seguintes depoimentos: presidente do BNDES, Luciano Coutinho; ex-presidentes do banco, incluindo Demian Fiocca (março 2006-maio 2007), Guido Mantega (novembro 2004-março 2006), Carlos Lessa (janeiro 2003-janeiro 2004) e Eleazar de Carvalho (janeiro 2002-janeiro 2003); vice-presidente do BNDES, Wagner Bittencourt; diretores do BNDES Roberto Zurli (área de Infraestrutura e Insumos Básicos); Luciene Machado (área Internacional e de Comércio Exterior); Maurício Borges (área de Operações Indiretas, Financeira e Administração); Júlio Raimundo (áreas Industrial e de Mercado de Capitais); e João Carlos Ferraz (áreas de Planejamento, Pesquisa Econômica e Gestão de Riscos); e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro.
Com exceção do depoimento de Luciano Coutinho, já aprovado, todos os outros ainda terão de ser propostos na forma de requerimentos e votados pela CPI. O relator afirmou que vai propor que a CPI faça convite ao ministro, aos ex-presidentes e ao vice-presidente do banco. Já os diretores do banco deverão ser convocados, na medida em que outros deputados da comissão já apresentaram requerimento de convocação.