Mecanismo europeu aprovará resgate financeiro à Grécia
O Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE) aprovará, nesta quarta-feira (19), o terceiro resgate à Grécia, depois que vários governos e Parlamentos da região aprovaram essa ajuda financeira.
Publicado 19/08/2015 11:40
Também se autorizará, por esse fundo de resgate permanente da Eurozona, o desembolso da primeira parte, 23 bilhões de euros, para Atenas.
Ambas as ações se realizarão mediante teleconferências dos ministros de Economia e Finanças da zona do euro, que esperam dar luz verde ao Acordo de Facilidades de Assistência Financeira, o qual recolhe os termos do empréstimo de até 86 bilhões de euros destinados à Grécia.
A segunda teleconferência reunirá os responsáveis pelas secretarias do Tesouro dos países da Eurozona, que autorizarão a primeira partida por etapas do financiamento à Grécia. Isto permitirá a recapitalização e liquidação de bancos e a implementação das medidas importantes exigidas pelos credores. Com uma primeira parte desta parcela do resgate, Atenas poderá devolver 3.400 bilhões de euros que deve ao Banco Central Europeu, reembolsar o crédito temporário de 7.060 bilhões de euros recebido em julho da União Europeia e saldar faturas domésticas atrasadas.
Os credores internacionais separaram 25 bilhões de euros no pacote de resgate para recapitalizar os bancos gregos, mas estes terão que esperar por novos fundos até que as autoridades concluam uma prova de resistência em outubro e aprovem seus planos de negócios.
Também estabeleceram que em outubro realizarão o primeiro controle e avaliação ao plano de reformas gregas, tal como aparece no memorando de entendimento, cujos resultados positivos dependerão do compromisso de reestruturação da dívida.
Segundo reconhece Bruxelas, ante as condições exigidas para este terceiro resgate, a situação imperante na Grécia será de privatizações, embargos imobiliários, quebras empresariais, entre outros assuntos que marcarão o cenário do país nos próximos anos.
As perspectivas macroeconômicas na brevidade de dois anos são de grave recessão, com uma redução do Produto Interno Bruto de 2,3% neste ano e 1,3% no próximo.
Com essas previsões, os analistas asseguram que o país terá que esperar até 2017 para retomar o crescimento.