Okamotto: Manifestações são gestos em defesa das conquistas

Em entrevista ao Brasil 247, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, as manifestações desta quinta-feira (20) convocadas pelos movimentos sociais são “um gesto muito forte em defesa do projeto de desenvolvimento com inclusão social, iniciado no governo do ex-presidente Lula em 2003”

Paulo Okamotto, presidente do Instituo Lula - Instituto Lula

“O Brasil tem de fato muitos problemas, mas a base social deste projeto continua viva, forte e preparada para defendê-lo. É muito positivo para a democracia fazer essa disputa de projetos nas instituições, nos meios de comunicação e nas ruas”, afirmou Okamotto.

Sobre a polarização política, Okamotto afirmou que não é um fato novo da disputa política, pois “há muito tempo o debate político no Brasil vem sendo polarizado entre os que defendem o projeto de desenvolvimento com inclusão social e geração de empregos e os defensores do modelo neoliberal anterior aos governos do PT”.

Ele destacou ainda que a crise econômica alimentou o intento oportunista da oposição. “O Brasil cresceu muito e rapidamente nos últimos 12 anos, quando tivemos o maior processo de ascensão social da história do país. Quando esse processo passa por um momento mais difícil, as pessoas ficam insatisfeitas, com razão”, disse.

Okamotto afirmou ainda que o inconformismo com a derrota de 2014 também contribui para esse clima de terceiro turno na política. E completa: “O Brasil tem problemas e desafios muito grandes: o maior de todos é não retroceder no tímido crescimento com inclusão. Nós já superamos crises muito mais graves do que a atual. E vamos superar essa também com a ajuda de todos. O mais importante, neste momento, é não perder a confiança nem sair dos marcos da democracia”.

Sobre o ataque à sede do Instituto Lula e a onda conservadora e de ódio insuflado por muitos setores da direita, Paulo Okamotto afirmou avaliou como um momento “muito grave”.

“Numa democracia há espaço para o debate e para a crítica, jamais para o terror e a violência, partam de onde partirem, porque isso é a negação da democracia. Esse tipo de ataque não afeta apenas o partido ou a liderança diretamente atingida. Afeta cada cidadão e a sociedade como um todo”, salientou.