“País vai voltar a crescer”, reafirma Dilma em entrevista à rádio

A presidenta Dilma Rousseff começou a semana atendendo uma série de veículos de imprensa. Nesta terça-feira (25), em entrevista às rádios Morada de Araraquara e Difusora de Catanduva, do interior de São Paulo, Dilma apontou a crise internacional, que tem atingindo os mercados internacionais, como principal razão do momento na economia que o país enfrenta.

Dilma - Foto: Reprodução

“Espero que a situação melhore no futuro, mas não tem como garantir que 2016 será maravilhoso. Não teremos uma situação maravilhosa em 2016, mas também não será aquela dificuldade imensa que muitos pintam”, rebateu a presidenta.

Na entrevista concedida por telefone do Palácio do Alvorada, Dilma salientou que a economia brasileira é forte e o governo está tomando todas as medidas para que o impacto seja o menor.

“Vivemos um momento de dificuldade, em que temos de fazer ajustes na economia para voltar a crescer e é razoável que as pessoas se sintam inseguras e preocupadas com o futuro…Faço apelo para que a preocupação não se transforme em pessimismo”, enfatizou.

A presidenta reconhece que num cenário econômico como esse, é natural que as pessoas se preocupem com o emprego e com a alta da inflação “que vem, de fato, crescendo”, mas disse que a boa notícia é que os índices inflacionários começam a cair, com um viés de baixa.

Dilma também voltou a criticar a política do quanto pior melhor da oposição. “As pessoas querem resolver tudo rapidamente, nossa ideia é que as dificuldades sejam superadas o mais rapidamente possível…Mas com gente torcendo pelo 'quanto pior, melhor', vai ser mais lento sair da crise", defendeu.

Sobre a crise do capitalismo, que levou turbulência ao mercado chinês, Dilma afirmou: “As dificuldades não são apenas no Brasil”, disse a presidenta, ressaltando que o seu governo vem adotando as medidas necessárias para o Brasil voltar a crescer.

Minha Casa, Minha Vida

A continuidade dos programas sociais é uma das medidas e também um compromisso assumido pela presidenta. Ela participa, nesta terça-feira (25), em Catanduva, interior paulista, da entrega simultânea de 2.555 novas moradias construídas por meio do Programa Minha Casa Minha Vida. Também serão entregues empreendimentos em Araraquara, Araras e Mauá. No total, mais de 10 mil pessoas serão beneficiadas, todas com renda de até R$ 1,6 mil. No total, foram investidos R$ 211 milhões para a construção das casas.

Só no município de Catanduva serão 1.237 novas unidades, localizadas no Residencial Nova Catanduva I. Em Araraquara, serão 754 unidades do Parque Residencial Valle Verde. Em Araras, 448 famílias serão contempladas com casas no Conjunto Residencial Prefeito Professor Jair Della Colleta. Em Mauá, 116 unidades serão entregues no Conjunto Mauá I.

Redução de ministérios

Nesta segunda-feira (24), a presidenta concedeu entrevistas aos jornais impressos. Ela reafirmou que o governo tem feito a sua parte e anunciou uma reforma administrativa com o objetivo de reduzir o número de ministérios e cortar pelos menos mil cargos e confiança, como parte do ajuste.

Agressão fascista

Dilma salientou que, diante da crise política, as mudanças podem trazer alguma dificuldade, mas afirmou que é necessário fazê-las. “Vamos passar todos os ministérios a limpo”, disse.

A presidenta também comentou sobre a onda conservadora e o ataque a bomba contra a sede do Instituto Lula, em 30 de julho. “Passam de todos os limites", disse, enfatizando que atos de intolerância são inadmissíveis e "fascistas".