Governo preservará programas sociais nos cortes previstos no Orçamento

O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou nesta quinta-feira (3) que o governo vai preparar novas propostas de contingenciamento para tentar minimizar o deficit de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento de 2016, encaminhado  ao Congresso Nacional na última segunda-feira (31). “O governo vai preparar, mas irá preservar os programas sociais”, disse o ministro à Reuters nesta quinta-feira (3).

- Foto Montagem/Vermelho

“O governo vai, sem desorganizar as políticas públicas que têm impacto social, sem desorganizar os principais programas do governo, sem colocar em risco avanços para população menos favorecida, o governo vai apresentar propostas de corte”, disse.

Solução conjunta

A presidenta Dilma Rousseff havia garantindo na última quarta-feira (2) que o governo iria buscar todas as alternativas para resolver o problema deficitário. Deste modo, ela reuniu-se nesta semana com lideranças partidárias da Câmara e do Senado e ainda com os presidentes das Casas legislativas na busca de mecanismos para cobrir o deficit orçamentário.

“Estamos evidenciando que tem um deficit, estamos sendo transparentes e mostrando claramente que tem um problema. Não fugiremos da nossa responsabilidade de propor a solução do problema porque ela sempre será nossa. Porém, é importante destacar que iremos buscar todas as alternativas”, disse a presidenta na entrega do Orçamento na última segunda-feira (31/8).

Dilma pediu para que o Congresso atue em conjunto com o Executivo e que não são aceitáveis propostas que aumentem despesas. “Qualquer tentativa de fazer diferente provocaria muito mais problema. É impossível, nessa situação que o país passa, inventar despesa. Tem alguns processos que foram vetados, que o país não daria conta. Muito menos quando tem um deficit.”

Dilma também havia reafirmado a manutenção dos programas sociais do governo no Orçamento 2016. “Vamos manter vários programas como Minha Casa Minha Vida. Não tem o ritmo de quando ele está em pico, mas também ele não está a zero. Vamos manter o Bolsa Família, continuar fazendo o Prouni, continuar fazendo o Fies. Aliás, mesmo sendo um ano de dificuldades, 906 mil estudantes novos terão acesso a universidades por meio das políticas do governo.”