Equador realiza Encontro Progressista da América Latina

O segundo Encontro Latino-americano Progressista (ELAP), com a participação de 70 organizações de esquerda, começa nesta segunda-feira (28), em Quito (Equador). Segundo o partido governante Aliança Pais, o evento reforçará a integração regional desde uma perspectiva partidária e militante.

ENcontro progressista no Equador - Divulgação

Durante três dias, a lista de oradores e conferencistas que se pronunciarão nas 13 mesas redondas programadas inclui o sociólogo argentino Atilio Borón, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, e o diretor do departamento de Relações Internacionais do Partido Comunista de Cuba, José Ramon Balaguer.

O vice-presidente da Bolívia, Álvaro Garcia Linera, também fará uma conferência magistral sobre o processo político que tem lugar em seu país desde a chegada ao poder do mandatário Evo Morales, em 2006.

Na opinião do presidente da Comissão de Relações Internacionais da Aliança PAIS, Guillaume Long, o ELAP 2015, que conta com a participação também de representantes de partidos de esquerda da Europa e da Ásia, constitui um ato de integração que nasce da militância do movimento fundado pelo presidente Rafael Correa, e não do Estado equatoriano.

Entre os convidados também se destacam os cinco lutadores antiterroristas cubanos que cumpriram longas penas de prisão nos Estados Unidos, e o coronel Orlando Cardoso Villavicencio, que ficou preso na Somália durante quase 11 anos, depois de participar na guerra da Etiópía como combatente internacionalista.

O PCdoB estará presente no evento, representado pela dirigente Ana Maria Prestes, integrante do Comitê Central e da Comissão de Relações Internacionais do partido.

O evento será encerrado pelo presidente equatoriano Rafael Correa na quarta-feira (30), quando se comemorarão cinco anos da intentona golpista contra o mandatário equatoriano, que afirma que a direita local e internacional pôs em marcha uma restauração conservadora para tratar de desestabilizar e arrebatar o poder aos governos progressistas de América Latina.

A esse respeito, a presidenta do Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Kenia Serrano, que participará em um painel sobre a solidariedade latino-americana com os povos em conflitos, ressaltou a conveniência de abrir estes espaços de debates sobre as vias para enfrentar a contra-ofensiva da direita internacional.