Falta de funcionários da CEF é criticada em debate na Câmara 

Sob o comando do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), representantes do governo e de concursados da Caixa Econômica Federal (CEF) se reuniram, em audiência na Comissão de Trabalho da Câmara, em Brasília, para discutir o esvaziamento do quadro de funcionários da Caixa. Os concursados querem ser convocados, enquanto os representantes do governo alegam que é preciso aguardar a retomada do crescimento econômico do país, após superados os ajustes fiscais. 

Falta de funcionários da CEF é criticado em debate na Câmara

De acordo com o deputado Daniel Almeida, que solicitou a realização da audiência, a estrutura da Caixa tem crescido com ampliação de unidades, entretanto, a quantidade de empregados lotados é insuficiente para a quantidade de serviços.

A alegação é a mesma apresentadas pelos concursados, que pediram uma segunda prorrogação do prazo do concurso até que pelos menos três mil dos candidatos aprovados sejam convocados, antes que a instituição realize novo concurso.

“No ano de 2014, a Caixa realizou um concurso público que contou com mais de um milhão de inscritos só para a função de técnico bancário, e as contratações vem sendo efetivadas de forma muito insuficiente, tanto em relação ao número de aprovados, quanto às necessidades reais da empresa”, lembrou o deputado Daniel Almeida, reforçando a reivindicação dos aprovados, de que a Caixa deve convocar os aprovados para garantir um corpo de funcionários compatível com os serviços prestados pela instituição.

O presidente da Comissão dos Aprovados do Concurso da Caixa Econômica Federal de 2014 do Distrito Federal, André Martins, disse que, em 2014, o número de pessoal aposentado na Caixa não foi reposto com novas convocações, o que gera sobrecarga de trabalho para o quadro de pessoal, que ficou deficitário; além de aumentar o número de terceirizados contratados, que muitas vezes são desviados de função para atender as necessidades do banco, que deveria ser suprida pelos concursados.

Tanto o representante da Caixa Econômica Federal, Almir Márcio Miguel, quanto o representante do Ministério do Planejamento, Noel Dorival, afirmaram que apesar do histórico da Caixa ser de ampliação na participação no mercado, com expansão da rede de agências, em função da conjuntura econômica, que exige redução de despesas, inclusive com pessoal, as estatais só poderão fazer novas contratações após superar a crise econômica mundial.