Otan inicia maiores exercícios dos últimos 20 anos

O Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) realiza desde sábado (3) até 6 de novembro as maiores manobras militares dos últimos 20 anos com participação de 36 mil soldados a mais de 30 países.

Militares da Otan em convés de porta aviões

A Otan afirma que os exercícios por terra, mar e ar têm o propósito de "ajustar e certificar" a capacidade de sua força de resposta rápida para deslocar-se em um período curto de tempo para qualquer área do planeta.

Por outro lado, movimentos antibelicistas europeu consideram os exercícios um ato de guerra e alguns analistas consideram que podem ser um passo prévio a possíveis operações terrestres da Otan na Síria.

Uns 20 mil efetivos se deslocarão em oito terrenos na Espanha, enquanto se estimam em outros 16 mil a participação na Itália e em Portugal nas manobras denominadas Trident Juncture.

Na Espanha eles estarão concentrados em Saragoça, onde funciona um centro de treinamento; o campo de tiro e manobras Álvarez de Sotomayor em Almería, a serra do Retín também em Almería e na região de Chinchilla em Albacete.

Os aviões serão alocados nas bases aéreas de Torrejón, Saragoça, Albacete e Palma de Mallorca.

Um manifesto de ativistas anti-Otan afirma que as manobras põem em perigo populações próximas aos exercícios pelo uso de munições de urânio empobrecido e considera que, com elas, a Espanha se torna um alvo em um conflito internacional.

O eurodeputado espanhol José Couso estima que as manobras supõem um perigoso aumento da escalada militar no continente europeu.

O roteiro fictício dos exercícios de guerra é um conflito entre países do nordeste da África, onde um suposto país agressor, identificado como Kamon, invade seu vizinho Lakuta e ameaça uma terceira nação, Tytan.