Para Jussara Cony, atual gestão optou por modelo estagnado de cidade
“Gostaríamos de estar debatendo a Lei de Diretrizes Orçamentárias a partir de bons resultados. No entanto, no atual modelo conservador de gestão do governo Fortunati-Melo o que salta aos olhos são os maus resultados administrativos”, disse a vereadora Jussara Cony, líder do PCdoB e da oposição, no plenário da Câmara na tarde desta quarta-feira, 7, pouco antes da votação da LDO.
Publicado 07/10/2015 18:26 | Editado 04/03/2020 17:09
Conforme destacou a vereadora, “a LDO, assim como o Orçamento, expressam as prioridades da gestão, seu projeto para a cidade. E a atual escolha está sendo por um modelo de cidade estagnada, que não se moderniza, não se atualiza e não incorpora as novas demandas populares e democráticas, nem incorpora aquilo que é estratégico para a própria gestão, como o investimento em áreas importantes como a ciência, a tecnologia e a inovação. Não aproveita a expertise de seus trabalhadores de carreira nas mais diversas áreas, para a aplicação de políticas públicas”.
Para Jussara, “na realidade tudo isso evidencia um projeto de cidade que está de costas para as justas demandas da população”. Neste cenário, diz, “ocorre o rebaixamento da qualidade dos serviços públicos, levando a um processo de terceirização destes serviços”.
A vereadora destacou ainda que os balanços financeiros mostram um histórico de queda nos resultados financeiros primários, desde 2008, se agravando nos anos 2012 e 2013 quando os déficits nominais chegaram a quase 178 e 235 milhões de reais respectivamente, o que mostra uma profunda defasagem entre a arrecadação e as despesas do município. “Ainda pior, o déficit previsto pela LDO para 2016 é da ordem de mais de 300 milhões de reais, o maior desequilíbrio orçamentário em mais de 30 anos”.
De acordo com a vereadora, “um dos mais nefastos resultados desta desastrosa política econômica foram os profundos cortes nos investimentos previstos para 2014. A administração municipal cortou mais de meio milhão de reais dos investimentos previstos para a cidade”. Tais cortes refletem-se, conforme colocou, em defasagens das áreas de saneamento, combate às enchentes, transporte, obras viárias, duplicações e prolongamentos de vias arteriais, entre outras.
Jussara lembrou ainda que em mais de uma oportunidade o PCdoB solicitou explicações à gestão municipal a respeito destas questões e não obteve resposta. “Nosso objetivo, com este debate, é propor um modelo de cidade que apresente novas soluções, formas diferentes das tradicionalmente aplicadas pela atual gestão, para uma Porto Alegre que saia da estagnação e se conecte com as novas realidades, os novos tempos e às novas demandas do seu povo”, finalizou.
(PL)