Alckmin ignora questionamento de estudante sobre fechamento de escolas

Em entrevista concedida nesta quinta-feira (8) ao Portal Vermelho, Ângela explica que, por trás dos argumentos de reorganização por conta da ociosidade, está a prática do desmonte da educação pública, ação corriqueira nos últimos 20 anos de gestão tucana no estado.

Segundo Ângela, a rede de ensino foi preparada para receber 6 milhões de estudantes e hoje em dia recebe 4, consequência dos 20 anos de gestão tucana que promove o sucateamento da rede pública. “A reivindicação é que, ao invés de fecharem 30% das escolas, que haja um remanejamento dos estudantes dentro das salas de aula, gerando maior qualidade de aprendizado para o aluno e retirando do professor a demanda de ensinar para turmas com mais de 40 pessoas, em apenas 50 minutos”, afirma.

"Não queremos que nenhuma escola seja fechada"

A presidenta da Upes afirma que a proposta do governo do estado em disponibilizar prédios para a criação de creches e escolas é negativa. “Devemos fortalecer a cada dia mais a rede estadual de ensino, ao invés de enfraquecê-la, transferindo a responsabilidade ao município.”

Ângela considera que o plano de reestruturação do ensino na rede estadual proposto por Alckmin sucateará mais ainda o sistema educacional paulista. “Isso vai mexer com toda a estrutura social. Com os pais dos alunos, por exemplo, que têm uma vivência estabelecida no envolto da comunidade escolar, inclusive, as manifestações estão contando com a participação desses pais. Estamos mobilizando e criando uma série de ações no estado. Essa semana já foram mais de 100 escolas paralisadas”, conclui.

Ângela Meyer indagou Alckmin nesta quarta-feira (7), sobre o fechamento das mais de mil escolas no estado e pediu o comprometimento do governador em não fechar as instituições de ensino. Como mostra o vídeo abaixo, o governador ignorou o questionamento.