Não há pedalada em 2015, diz Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta sexta (23) que a capacidade de recuperação da economia brasileira é muito grande e que há chances significativas de retomada do crescimento no ano que vem. Ele defendeu medidas para simplificar o recolhimento de tributos. Em outro momento do dia, quando questionado, reiterou que "não há pedalada" fiscal nas contas de 2015, como acusa a oposição golpista.
Publicado 23/10/2015 18:18

"Nós estamos preparados evidentemente para enfrentar despesas do passado, que nesse trabalho de reequilíbrio, já temos tentado. Ao longo desse anos, temos várias despesas de anos anteriores. É normal, toda vez que faz um reequilibro. É um trabalho importante para colocar a casa em ordem e poder seguir em frente”, declarou o ministro, após debate sobre energia no Institute of the Americas, em um hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Mais cedo, em São Paulo, ele falou sobre situação atual da economia. “As pessoas estão ainda um pouquinho retraídas por outros fatores. Mas eu acredito que o potencial de crescimento da nossa economia está presente, e a possibilidade de recuperação no ano que vem não é nada desprezível”, afirmou, ao participar do 10º Encontro Nacional de Administradores Tributários, na sede do ministério na capital paulista.
Segundo o ministro, algumas medidas tomadas pelo governo começam a surtir efeito. “Nossa economia já tem respondido positivamente. Eu tenho absoluta convicção que, superadas algumas turbulências que a gente está vendo nesses dias, haverá uma recuperação importante e, com isso, nós também vamos ver a arrecadação respondendo de uma maneira positiva”, disse.
Levy defendeu a adoção de ações para simplificar o recolhimento de tributos, a fim de contribuir para a retomada do crescimento econômico. “São avanços que vão aumentar a nossa capacidade de arrecadar e, ao mesmo tempo, facilitar a vida de quem está gerando riqueza e bem-estar para a população, que são os contribuintes”, destacou. Entre as ações nesse sentido, o ministro citou a reforma do Programa Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
“Acho que a palavra-chave para o Brasil é produtividade. E a gente conseguir diminuir o custo das obrigações com impostos é muito importante. A governança fiscal será cada vez mais importante”.