Bagdá autoriza Rússia a bombardear terroristas no Iraque

Como os ataques aéreos russos empurram os terroristas do Estado Islâmico (EI) da Síria para o Iraque, Moscou e Bagdá concordaram em atingir os jihadistas no Iraque, disse Hakem al-Zameli, o chefe da Comissão do Parlamento iraquiano para a Segurança Nacional e Defesa, informou a agência de notícias Fars.

Piloto de caça-bombardeiro russo

Os militantes do EI não vão encontrar um refúgio seguro dos ataques aéreos russos no Iraque após o parlamento do país ter dado luz verde à Rússia para conduzir ataques aéreos contra alvos do EI no Iraque.

Segundo a Fars, al-Zameli destacou o fato de que a medida também vai cortar as rotas de abastecimento do EI do Iraque para a Síria.

A aprovação ocorre em uma altura em que os governos da Rússia, Irã, Iraque e Síria estão coordenando os seus esforços militares, visto que todos procuram destruir o EI. As quatro nações estabeleceram um Centro de Informações em Bagdá para coordenar as suas ações militares contra os terroristas, tanto na Síria como no Iraque.

Em 30 de setembro, a Rússia lançou ataques aéreos contra alvos do EI na Síria na fronteira com o Iraque, conforme o pedido do presidente sírio, Bashar Assad. O ministro-adjunto da Defesa russo Anatoly Antonov disse antes que Bagdá não havia solicitado tal assistência.

A operação militar da Rússia tem sido amplamente elogiada pelos xiitas iraquianos. Por exemplo, os membros da Organização xiita Badr afirmaram que eles "saudariam" ataques aéreos realizados por russos no Iraque, tal como o papel crescente da Rússia na região do Oriente Médio, pois o modo como os norte-americanos combatem contra o EI "não é sério."

Imediatamente após a campanha russa de bombardeio da Síria, as autoridades russas e iraquianas deixaram em aberto a possibilidade de expandir os ataques aéreos antiterroristas ao Iraque. No início deste mês, o primeiro-ministro do Iraque, Haider Abadi, disse que gostaria de contar com o apoio da Força Aérea russa nos combates contra as posições do EI no seu país, se os militares russos tivessem sucesso na Síria.