China expõe ao público sonda que enviará para Marte

A sonda marciana desenvolvida pela China está em exibição na 17ª Feira Internacional da Indústria da China. A feira acontece entre os dias 3 e 7 de novembro em Xangai. No estande da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China, o destaque é para a sonda marciana dourada, que tem atraído a atenção do público que passa.

Sonda pode ser vista até 7 de novembro na exposição em Xangai

De acordo com Niu Shengda, especialista em satélites do Instituto de Pesquisa de Tecnologia Aeroespacial de Xangai, a sonda deve cumprir duas tarefas quando for lançada: fazer o sensoriamento remoto de Marte e aterrissar no planeta vermelho para inspeção e exploração do planeta. Logo, a sonda possui duas partes, um dispositivo de órbita e um dispositivo de aterrissagem.

Por meio da pesquisa e acúmulo de conhecimentos ao longo de muitos anos, a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China já domina uma série de tecnologias fundamentais e está despendendo um esforço intenso de pesquisa para lançar a sonda em 2020.

De acordo com Niu, para lançar a sonda é necessário dominar uma série de tecnologias-chave, entre elas sistemas de comunicação, monitoramento e controle de longo alcance no espaço.

A distância do ponto mais longínquo para a comunicação entre Marte e a Terra é de cerca de 400 milhões de quilômetros de distância, percurso 900 vezes maior que a distância entre a Terra e a Lua.

Em uma velocidade de 380 mil km/s, um "diálogo" entre a sonda e o controle terrestre leva mais de 40 minutos. Por este motivo o sinal chega muito fraco no nosso planeta.

Portanto, para obter uma comunicação eficaz, é necessário superar a enorme perda de potência do sinal, o atraso entre o tempo de transmissão e recepção e as interferências externas que o sinal sofre, o que constitui um novo desfio para os especialistas espaciais chineses.