PCdoB afirma que é estratégica a luta dos trabalhadores para o Brasil

No discurso de abertura do encontro, que aconteceu na última quinta (26) Luciana fez uma atualização política nacional e internacional situando os principais acontecimentos políticos e suas consequências para o Brasil como as disputas entre os países pela hegemonia no campo internacional e ainda as recentes eleições na Argentina com a vitória da direita, inédita pela via democrática.

“Neste contexto as grandes potências operam para conter e desestabilizar os países emergentes, que são seus concorrentes diretos, e cindir articulações de países como a dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e das iniciativas de integração regional como o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul)”, explicou Luciana.

Ela também se referiu ao resultado das eleições na Argentina como “um fato importante que merece uma reflexão mais de fundo, pois esta é a primeira derrota eleitoral das forças progressistas desde a eleição em 1998 de Hugo Chávez”.

No cenário brasileiro Luciana defendeu: “É necessário coragem e ousadia política para enfrentar a crise. Devemos destacar que a nossa tática partidária de lutar por uma ampla frente única contra o impeachment revelou-se correta até aqui”, avaliou. No entanto, Luciana completou que apesar da trégua a tentativa de impeachment não foi foi derrotada.

Renato Rabelo também avaliou como justa a orientação do PCdoB na estratégia de mobilizar a sociedade brasileira em torno de um Frente popular reunindo diversos setores mas também defendeu que é preciso avançar “através de medidas mais profundas” e “crescente mobilização popular”.

O ex-presidente do PCdoB traçou durante sua fala um relato histórico dos acontecimentos que decretaram o fim do que ele chamou de “o casamento do capitalismo com a democracia” e apontou o Novo Projeto Nacional de Dezenvolvimento (NPND) como o caminho a ser seguido pelo Brasil atual na nova luta pelo socialismo.

O êxito do NPND depende do alcance da consolidação da soberania nacional e, ao mesmo tempo, do avanço democrático e social.

“A democracia se fortalece (e se aprofunda) quando os trabalhadores e as massas populares conquistam mais liberdade política, direitos sociais e individuais, melhoram seu bem estar e atinge continua redução das desigualdades, dando consistência à própria soberania nacional”, explanou Renato.

Ainda de acordo com ele, a via para o socialismo é a garantia para esses avanços. “Por sua vez o socialismo não pode triunfar sem assumir a causa da soberania e da afirmação nacional. Somente com a libertação nacional é possível a libertação social e, assim num processo mutuo”, completou.

Para André Tokarski, secretário nacional de Movimentos Sociais do PCdoB, a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) é fundamental na luta por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e em defesa do socialismo.

“O Partido cresce e amplia sua força entre os trabalhadores e trabalhadoras. Em menos de 8 anos de existência a CTB já é a 2ª maior Central Sindical do país. É força viva e ativa na luta”, declarou nas Redes Sociais.