Moscou: Coalizão dos EUA finge que combate terrorismo

A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, afirmou nesta quinta-feira que Moscou considera que a coalizão internacional liderada pelos EUA imita o combate ao grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh), a sua postura é politizada e não corresponde ao direito internacional.

Maria Zakharova, porta-voz da chancelaria russa

Moscou pede à coalizão para divulgar a sua concepção do combate ao terrorismo. Além disso, espera que a França e o Reino Unido façam contribuições reais na luta contra o terror.

A agenda da possível visita do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para Moscou está atualmente sendo elaborada, disse Maria.

A representante oficial da chancelaria russa disse que o Conselho de Segurança da ONU discutiu a situação no Iraque.

Na semana passada, a Turquia introduziu cerca de 150 soldados e 25 tanques no norte do Iraque, supostamente para ajudar a treinar soldados iraquianos para lutar contra o Daesh.

Maria disse que a Rússia espera que a reunião do Conselho de Segurança previna ações e provocações imprudentes.

As afirmações de Ancara sobre a suposta "limpeza étnica" na Síria pela Rússia está longe de ser verdade e não tem fundamento, disse a porta-voz.

"Os líderes turcos disseram que a Rússia está alegadamente realizando limpeza étnica na Síria. Estas declarações são estranhas a comentar porque mostram que as autoridades da Turquia estão completamente separadas da vida, da realidade e do que realmente está acontecendo na região", afirmou.

Segundo ela, as últimas afirmações de Ancara parecem cada vez mais expressar "uma raiva impotente".

Falando da expansão do Daesh, a porta-voz da chancelaria disse que a Rússia está preocupada com o reforço do grupo no Afeganistão.

"A ameaça de criação da uma praça-forte do Daesh no Afeganistão para desestabilizar a região se torna real", afirmou.

A porta-voz frisou que a Rússia apela para prevenir a disseminação da ameaça terrorista fora do Afeganistão, tendo em conta o interesse dos terroristas na Ásia Central.