Dilma vai assinar MP para destravar economia e evitar demissões 

A assinatura da medida provisória que estabelece um novo marco legal para acordos de leniência acontecerá, em Brasília, no início da tarde desta sexta-feira (18). O acordo de leniência foi uma reivindicação feita na terça (15) pelas centrais de trabalhadores e do empresariado para a retomada do crescimento no Brasil.

Compromisso pelo Desenvolvimento - Dilma, ministros, centrais e empresários - Valcir Araújo

Com a assinatura do acordo, empresas investigadas pela Operação Lava Jato que colaborarem com a Polícia Federal e o Ministério Público poderão voltar a contratar com o poder público.

A proposta dos acordos de leniência faz parte do documento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, entregue no início da semana à presidenta Dilma Rousseff por trabalhadores e empresários.

Um dos focos do documento é que a investigação da Operação Lava Jato possa prosseguir sem paralisar as atividades das empresas referenciais para a economia brasileira, como a Petrobras.

São pelo menos 29 empresas nessa situação, o que tem gerado demissões em massa. No início da semana o estaleiro Eisa, na ilha do Governador (RJ), demitiu 3 mil trabalhadores sem perspectivas de pagamento dos direitos.

Para Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a assinatura da medida será um marco para a afirmação de uma agenda positiva para o Brasil.

“E a seletividade da Lava Jato tem contribuído para essa tentativa de sangrar a presidenta e ferir a democracia e o legado de conquistas no plano econômico e social que conseguimos até então”, ressaltou Adilson.

João Carlos Gonçalves, o Juruna, dirigente da Força Sindical, disse que a investigação precisa continuar mas sem prejudicar a tecnologia e nem os empregos que a empresa gera.

O presidente da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, entidade que assina o documento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, afirmou, em recente entrevista ao Portal Vermelho, que a adoção do acordo de leniência é a proposta mais importante a ser colocada em prática.