PF desmente factoide e diz que não há falta de verbas no Paraná

Em ofício enviado ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o diretor-geral substituto da Polícia Federal, Rogério Augusto Viana Galloro, afirmou que o pedido feito pela Superintendência da PF no Paraná ao juiz Sérgio Moro para usar uma sobra de R$ 172 mil para pagar contas de luz e consertos de carros, não ocorreu por falta de dinheiro, mas, sim, para o "custeio ordinário" daquela unidade.

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"A ação do gestor (Superintendência da PF no Paraná) não adveio de escassez de recursos, e, sim, com vistas ao interesse público visando desonerar o erário", escreveu Galloro.

No documento, o diretor-geral substituto da PF lembra que a cota orçamentária para o pagamento das despesas de custeio da Superintendência no Paraná, em 2015, era de R$ 15.760.253,00, mas foi elevada. "Tendo em vista a dinâmica das atividades desenvolvidas na Unidade, a Direção-Geral majorou os recursos em R$ 5.904.962,37, totalizando uma execução orçamentária de R$ 21.665.215,37", destacou Galloro.

Na resposta a Cardozo, Galloro afirma que a economia daquela unidade foi remanejada, com anuência do Ministério Público Federal e autorização de Moro, para o "custeio ordinário" da Superintendência da PF no Paraná. Além disso, o delegado juntou ao ofício cópias da representação da PF em Curitiba e da decisão judicial que concedeu o crédito.

Ministro disse nesta sexta-feira (8), que "a resposta da Polícia Federal põe um ponto final nessa especulação, porque deixa claro que não havia falta de recursos que possibilitasse a interrupção dos serviços da Superintendência no Paraná nem que inviabilizasse a continuidade da Lava Jato".