Rubens Pereira Júnior: A paz viva no Maranhão 

Dentre tantos avanços elencáveis em apenas 12 meses de governo Flávio Dino, um que salta aos olhos é a melhoria dentro de Pedrinhas. Menos fugas, menos mortes e menos terceirização e precarização. E o mais importante: nenhuma rebelião.

Por Rubens Pereira Júnior* 

Rubens Pereira Júnior: A paz viva no Maranhão

Houve queda de 77% na incidência de homicídios, em comparação ao mesmo período de 2014, e queda de 74% na ocorrência de fugas. Para obter tais resultados, é preciso pulso firme. Mas também uma ação consistente na oferta de opções profissionais ao detento. Foi o que o Governo do Maranhão fez com a inauguração da primeira fábrica de bloquetes do sistema prisional do Estado. É lá que 90 detentos já estão sendo capacitados para o trabalho.

Com isso, Pedrinhas, que foi exemplo planetário de desrespeito aos direitos humanos, passará rapidamente a ser um “case” de recuperação. As cenas dantescas que tomaram o mundo há pouco mais de um ano ficaram no passado como exemplo do grau de desumanidade que pode ser alcançado diante do descaso e da falta de pulso firme na área de segurança.

Alguns parecem sentir falta do tempo em que se jogava futebol com cabeça de presos em Pedrinhas, e procuram motivos para ter palco para fazer críticas. Deveriam buscar motivos reais, em vez de inventar teses pouco lógicas, como a de acordo com facções criminosas.

O aumento de assalto a ônibus, um problema que o governo está enfrentando, tem raiz em outras questões. O aumento da repressão ao tráfico, com a apreensão de drogas na entrada do estado. Essa ação reduz o volume de drogas em nosso estado, o que reduz os crimes associados à cadeia do vício, atingindo a fonte de renda de centenas de criminosos, que estão partindo para outras modalidades de crime. O próximo passo é atingir esse problema.

O reforço de mais de 1.500 policiais, entre militares, civis e bombeiros nas ruas agora vai reforçar o combate a assaltos a ônibus e bancos no interior do Maranhão e a ronda ostensiva com base em mapeamento de demandas. Em breve, teremos números positivos também nessas áreas, como já houve em outros. A diminuição dos homicídios na Região Metropolitana de São Luís foi um deles: em 2015, houve menos 109 assassinatos em relação ao ano anterior.

Em outra ponta, houve crescimento do número de armas de fogo apreendidas: 1.113 na Região Metropolitana em 2015, contra 920 em 2014.

É bom lembrar que todo esse trabalho foi feito com um orçamento reduzido, já que Roseana Sarney deixou uma dívida de R$ 1,1 bilhão para a atual gestão. Este sim, o único grupo político acostumado a acordos com facções criminosas. É o grupo investigado pela Lava Jato por pagamento de propinas ao doleiro Alberto Yousseff.

Por tudo isso, não faz sentido falar em “paz dos cemitérios”. Essa era aquela em que detentos se matavam e Sarney, em sua coluna semanal, acalmava a população dizendo que isso não atingia a sociedade aqui fora – o que também era uma mentira, já que os toques de recolher imperavam em São Luís há menos de um ano.

A paz que temos agora, sem rebeliões em Pedrinhas, com menos mortes e fugas, é a paz que advém da aplicação da Justiça: uma mão firme punindo o crime e a outra apontando a porta de saída da criminalidade. Nesse caminho o Maranhão seguirá.