Trabalhadores se manifestam contra privatização do setor elétrico  

Cerca de 900 trabalhadores – da cidade e do campo – ocuparam nesta quarta-feira (27) a Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás (Sefaz). A razão é a mesma que motivou a ocupação do Ministério da Fazenda, em Brasília, e a manifestação que aconteceu ao frente ao Palácio do Planalto: repudiar a privatização do setor elétrico, que o governo federal pretende fazer vendendo as distribuidoras de energia que o sistema Eletrobrás mantém em Goiás, Rondônia, Roraima, Amazonas, Piauí, Alagoas e Acre. 

Trabalhadores se manifestam contra privatização do setor elétrico - CUT-GO

Além da ocupação da Sefaz, os trabalhadores que lutam contra a privatização da Centrais Elétricas de Goiás (Celg) e das demais distribuidoras formaram uma comissão que seria recebida pelos ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Ricardo Berzoini.

“Enquanto não obtivermos um retorno por parte dos governos federal e estadual de que a Centrais Elétricas de Goiás (Celg) não será privatizada, estamos preparados para ficar aqui por tempo indeterminado”, adiantou o sindicalista Vanderley Rodrigues, da CUT-GO.

A manifestação reuniu representantes da Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT-GO), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Brasil Popular.

Os protesto ocorreram também em Rondônia, com manifestação no centro de Porto Velho, em frente às Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e o fechamento da BR-364; em Roraima, com manifestação em frente à Boa Vista Energia S.A; no Amazonas, no centro de Manaus; e no Rio de Janeiro, em frente à Eletrobrás.

No Acre, a manifestação no Centro de Rio Branco foi seguida de passeata até a casa do governador Tião Vianna; em Alagoas, houve, além da manifestação no centro de Maceió, fechamento da BR-101; e no Piauí, os protestos ocorreram na sede da Companhia Energética do Piauí (Cepisa).