Trabalhadores lutam, em Brasília, contra privatização da Celg 

Enquanto nas Centrais Elétricas de Goiás (Celg) os trabalhadores se mantém em assembleia permanente – todos os portões da empresa se encontram trancados -, uma comissão formada por representantes dos movimentos sociais e sindicais seguiu para Brasília (DF), onde, nesta segunda-feira (1º/2), deve ser recebida pelos ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e da Secretaria-Geral, Ricardo Berzoini. O tema da reunião é a privatização das distribuidoras de energia elétrica do sistema Eletrobras. 

Trabalhadores lutam, em Brasília, contra privatização da Celg

A luta começou em agosto, com a decisão dos trabalhadores da Celg – apoiada por centrais sindicais e movimentos sociais -, de não permitir a privatização desta que é a maior empresa dos goianos, cuja atuação é fundamental para o desenvolvimento do Estado.

No último dia 27, manifestações aconteceram em Brasília e outras cidades, como Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Rio Branco (AC), Maceió (AL), Manaus (AM) e Boa Vista (RR). “A luta em defesa do setor elétrico agora é nacional. Basta ver os protestos e manifestações que aconteceram simultaneamente em várias cidades do País, analisa o presidente da CUT-GO, Mauro Rubem.

Histórico da Celg

O governador Marconi Perillo (PSDB) vem tentando vender a Celg há 16 anos e, nesse meio tempo, sucateando a empresa através da sua sangria financeira.

Em 2010, o então governador Alcides Rodrigues e o presidente Lula se empenharam na recuperação da Celg. Na ocasião foi alinhavado um acordo onde a estatal goiana cederia 5% de suas ações ao governo federal, que, em troca, autorizaria um empréstimo para sanar as contas da empresa.

Essa alternativa, economicamente viável para o Estado e a União, foi sabotada por Marconi através de atrasos na Assembleia Legislativa, protagonizados por sua bancada de apoio. E também por ações orquestradas diretamente por ele: como governador eleito em 2010, desautorizou a alternativa construída por Lula e Cidinho e, ardilosamente, ainda enquanto senador, articulou um novo esquema – este que está em andamento -, que ficou muito mais caro para Goiás e para o Brasil.

A privatização das empresas estatais do setor elétrico em geral e da Celg em particular, acarretará prejuízos irreparáveis para o povo de Goiás e para os brasileiros. “Não faz sentido o governo federal, que é o acionista majoritário, incluir empresas de importância estratégica do Setor Elétrico, indutoras do desenvolvimento do País, no programa de privatização, contrariando a opinião e o desejo da classe trabalhadora, dos consumidores , dos movimentos sindicais e sociais organizados na Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo”, avalia Mauro Rubem.