Publicado 31/01/2016 17:17
Reportagem de Aguirre Talento e Gustavo Uribe, na Folha de S. Paulo, informa que dois delatores da Lava Jato, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, donos da Carioca Engenharia, pagaram R$ 3,9 milhões em cinco novas contas movimentadas por Cunha no exterior – além das que já eram conhecidas.
As comissões seriam contrapartidas pela liberação de recursos do FI-FGTS para obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
“Em geral, meu filho [Ricardo Pernambuco Júnior] se reunia com Eduardo Cunha para saber em qual conta deveria ser feita a transferência”, disse Ricardo Pernambuco em seu depoimento. “Todos os pagamentos feitos a Eduardo Cunha foram no exterior”, afirmou.
Os nomes das contas seriam os seguintes: Korngut Baruch no Israel Discount Bank (sede em Israel), Esteban García no Merrill Lynch (EUA), Penbur Holdings no BSI (Suíça), Lastal Group no Julius Bär (Suíça) e outra Lastal Group no Banque Heritage (Suíça).
Cunha negou as acusações. “Desminto qualquer repasse de valores e qualquer participação naquilo que ele supostamente falou de relação com qualquer das contas”, declarou o presidente da Câmara.
Na volta do recesso, o plenário do STF decidirá se ele permanecerá ou não no cargo.