Democratas devem manter "revolução política" na campanha

A opinião é do People's World, o jornal do PC dos Estados Unidos. Para o jornal, é preciso que a campanha insista na ideia de "revolução política", de que o governo do país deve "servir ao povo e não aos bilionários", como tem dito ultimamente o pré-candidato Sanders.

No momento, os pré-candidatos da direita, alojados no Partido Republicano, praticam o que pregam: uma briga de foice no escuro. Entretanto, assim que uma candidatura emergir desta briga, as grandes fortunas irão abastecê-la generosamente com dinheiro. "Se essa campanha tiver sucesso, o país não terá mais a força para bloquear as políticas e os programas que destruirão a democracia, arruinarão a economia e esmagarão os direitos civis. Desnecessário dizer sobre danos que serão causados aos direitos femininos, à saúde pública e ao meio ambiente", opina.

Segundo o jornal, "caso nada se modifique, o candidato da direita será o bilionário Donald Trump. Ao mesmo tempo que tudo leva a crer que Hillary Clinton será a candidata do Partido Democrata".

Embora Sanders ainda não se constitua uma grande ameaça a Hillary, ela demonstrou que sentiu o golpe em Iowa, quando praticamente empatou na escolha dos democratas por quem será candidato.

No último debate exibido ao vivo pela televisão, Hillary prometeu saúde universal, a expansão dos benefícios da Seguridade Social, o domínio sobre Wall Street, o fim da dívida colossal que os estudantes enfrentam após o termino dos estudos, o aumento do salário mínimo e o direito à mulher de tomar suas próprias decisões quando o assunto é sua saúde.

O People's World considera o comprometimento de Hillary um avanço para fazer frente ao Partido Republicano. "O próprio partido Democrata reconhece que é preciso ser mais agressivo na defesa das famílias operárias do país. Algo que o candidato principal dos republicanos, Donald Trump, tem feito desde o início de sua campanha", indica.