IFCE: Pesquisa simula efeito estufa sobre plantas em 10 anos

O trabalho da jovem pesquisadora, que também cursa o Técnico em Administração na Escola Normal, no mesmo município, rendeu-lhe credenciamento para expor os resultados na Genius Olympiad, que ocorrerá em Nova Iorque, em junho, reunindo participantes de 65 países e 40 estados americanos.

Na pesquisa, foram utilizadas plantas de moringa, de origem indiana e conhecida pela sua alta resistência a diferentes condições climáticas e pela sua capacidade de servir para alimentação tanto humana quanto animal, além das propriedades medicinais. “Se ela apresentasse um resultado negativo na simulação, indicaria que outras plantas mais sensíveis, cultivadas em larga escala, como milho e soja, poderiam sofrer um impacto bem maior”, explicou a pesquisadora, que revelou uma preocupação e uma solução diante dos resultados.

Como o impacto com a moringa foi alto num cenário simulado para a próxima década, diante do efeito estufa, o próximo passo é tentar desenvolver, com melhoramento genético, uma planta com mais capacidade de suportar e absorver a incidência de CO2. “Com o passar dos anos, se a gente tiver essa planta melhorada, poderá ter mais produtividade e equilíbrio ambiental, que depende da troca gasosa entre plantas e ambiente externo”, resumiu a estudante. “Vamos trabalhar o melhoramento da moringa e a ideia é que esse modelo seja passado para as outras plantas”, completou.

A pesquisa de Adriana Mendes, orientada pelas professoras Renata Chastinet e Keline Albuquerque, já foi apresentada em importantes eventos científicos, como na Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia 2015, em que obteve o primeiro lugar em sua categoria, e na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia 2015, considerada o maior evento do segmento na América Latina.