Pedro Sánchez é rejeitado pelo congresso da Espanha

O líder do Partido Socialista Operário Espanhol, Pedro Sánchez, sofreu uma derrota no parlamento do país nesta quarta-feira (2). A casa recusou a indicação de Sánchez como presidente do governo. Ele havia sido indicado pelo rei Felipe VI no dia 2 de fevereiro e precisava da aprovação da maioria dos deputados da câmara para se eleger, mas obteve apenas 130 de 350 votos.

Pedro Sánchez fala a jornalistas

Uma segunda votação sobre o tema será realizada na próxima sexta-feira (4), e Sánchez precisará apenas ter mais votos positivos para assumir o cargo e se tornar primeiro-ministro. Sánchez conta com o apoio do PSOE e do Ciudadanos, organização de direita que emergiu no cenário político espanhol após a crise econômica desatada pelo neoliberalismo.

Apesar de ter sido vitorioso nas eleições de dezembro de 2015, o Partido Popular, de direita, não obteve a maioria absoluta para formar um novo governo e não recebeu apoio de outros partidos para reeleger o premiê Mariano Rajoy.

A eleição dividiu a câmara em quatro grandes partidos, tendo o PP 123 deputados, o PSOE com 90, o Podemos – de centro-esquerda – com 69 deputados e o direitista Ciudadanos (C's) com 40 cadeiras.

O PSOE tem regredido nas eleições graças à adoção de políticas econômicas antipopulares e liberais, que ajudaram a colocar o desemprego na Espanha em patamares nunca vistos, em torno de 25%.