Professores e alunos protestam no primeiro dia de greve da Uerj

Servidores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) iniciaram nesta segunda-feira (7) uma greve para reivindicar aumento salarial e protestar contra cortes orçamentários. Para marcar o início da paralisação, professores e funcionários técnico-administrativos da Uerj fizeram uma manifestação em frente ao principal campus da instituição, no Maracanã, na zona norte da cidade.

Professores e alunos protestam no primeiro dia de greve da Uerj

Entre as reivindicações dos servidores estão um reajuste salarial de 30%, o fim da terceirização de funcionários, regularização do pagamento de bolsas e salários, além do arquivamento de processos abertos em 2012 contra sindicalistas e estudantes.

A reitoria da Uerj informou que respeita as manifestações dos servidores e aposta no diálogo. Para a universidade, a greve expõe problemas registrados em 2015 e que se estendem por este ano. Reconhece dificuldades como atrasos nos pagamentos de salários, bolsas e contratos, que geram problemas na limpeza, segurança, alimentação e manutenção.

Desde o ano passado funcionários terceirizados estão com salários atrasados e ainda não receberam o décimo terceiro.

De acordo com a Uerj, somente em 2016 o estado repassou R$ 173 milhões à instituição, dos quais R$ 118 milhões para quitar valores empenhados em 2015.

“Nosso último reajuste foi em 2010, dividido em um ano. Ou seja, levou um ano para pagar um valor que não chegava a 2% ao mês”, acrescentou o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro, Antonio Virgínio Fernandes.

Os servidores estão analisando quais atividades essenciais deverão ser mantidas no período de greve, incluindo o atendimento no Hospital Universitário Pedro Ernesto e na Policlínica Piquet Carneiro, ambas na zona norte da cidade do Rio.

Apoio à greve

O diretório Central dos Estudantes da Uerj encaminhou uma lista de reinvindicações durante assembléia ocorrida na última sexta-feira (4), que aprovou o apoio à greve. 

-Auditoria dos contratos das empresas terceirizadas que atuam na UERJ;

– Passe livre intermunicipal, intermodal e irrestrito;

– Estipulação de um calendário fixo de pagamento de todas as bolsas, com vencimento no início do mês;

– Equiparação do valor da bolsa ao salário-mínimo vigente;

– Cobrar da Reitoria o estudo sobre a licitação das obras do bandejão na FFP, FEBF e Resende;
– Conclusão imediata das obras do bandejão no Cap-UERJ;

– Apoio aos atos puxados pelo MUSPE;

– Mapeamento de todos os imóveis pertencentes a UERJ para ver quais podem ser revertidos em Moradia universitária ou quais podem ser alugados e/ou vendidos com a finalidade de usar os recursos para construção de uma moradia.

– Finalização do projeto de extensão na educação infantil (Creche Universitária)

– Incorporação das Pautas Locais dos campi externos

– Bandejão para os Todos os Terceirizados e ao mesmo preço que é para os estudantes.