PLS 555 reduz capacidade do Brasil de retomar desenvolvimento

O projeto de lei do Senado 555 é o primeiro ponto de pauta para a sessão do senado desta terça-feira (15). Desde agosto do ano passado como pauta prioritária na Casa, o projeto tem esbarrado na persistência do movimento social que vê na iniciativa a privatização das empresas estatais brasileiras e a redução da capacidade do país continuar investindo em desenvolvimento.

Por Railídia Carvalho

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O PLS 555 transforma estatais em sociedades anônimas e abre o capital dessas empresas para o mercado. Se for aprovado no Senado o projeto será encaminhado para a Câmara dos Deputados.

A gravidade do projeto unificou as seis centrais de trabalhadores, que têm realizado diversas atividades pelo Brasil para alertar sobre o perfil privatista e as consequências que a aprovação desse projeto terá sobre os programas sociais. 
Para Rita Serrano, presidente do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, a dimensão do impacto do texto do PLS ainda não chegou ao conhecimento do grande público e nem de prefeitos e governadores por exemplo. “Eles ainda não sabem que as mudanças chegarão às empresas estaduais e municipais”, lembrou Rita. 
Ela também citou a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Bndes, a Eletrobras e a Petrobras como os principais indutores do desenvolvimento do país nos últimos 12 anos.“A Caixa e o BB baixaram taxa de juros, ampliaram o crédito agrícola e o crédito habitacional. A caixa tem 70% do crédito do programa habitacional do país. É a maior gerenciadora de programas sociais”, ressaltou. 
“O BB é o maior financiador da agricultura familiar do médio e do pequeno agricultor. O Bndes é o maior financiador da pequena e média empresa. A Eletrobras levou luz para todos, um programa de levar energia elétrica onde não tinha. A Petrobras descobriu a maior reserva de petróleo do mundo, o pré-sal”, enumerou Rita.
Ela complementou: “Ao acabar com as poucas estatais que sobraram, porque na década de 90 acabou quase tudo, quem vai impulsionar o desenvolvimento do país? O capital privado não é. Porque o capital privado só tem interesse no lucro”, enfatizou.
Mobilização
Além das atividades de esclarecimento sobre o PLS, os comitês em defesa das estatais que tem sido organizados pelo Brasil tem recomendado que sejam enviados e-mails aos senadores para que votem contra o projeto. Neste link cada um pode opinar se é a favor ou contra a iniciativa. Na noite desta segunda-feira (14), 1069 pessoas votaram não enquanto 32 votaram a favor.
Acompanhe mais informações sobre o PL no site Diga Não ao PLS 555