Rússia tem primeiros resultados na remoção de minas na Síria

A tarefa de retirada de minas terrestres da área de arquitetura histórica da cidade síria de Palmira foi completada com sucesso, de acordo com declaração do chefe do departamento de engenharia militar das Forças Armadas russas, Iúri Stavítski, em conferência de vídeo direto da Síria com o presidente Vladímir Pútin nesta sexta-feira (22).

Ruínas de Palmira, na Síria

Ele também ressaltou que os engenheiros militares iniciaram trabalho análogo nas áreas de habitação e do aeroporto da cidade.

"Foi realizado um trabalho muito grande para neutralização das minas, bombas e outros explosivos justamente na área histórica, mas ainda é preciso fazer muito para a remoção de minas das obras de engenharia na parte habitada da cidade", disse Pútin durante a conferência.

O trabalho na Síria é realizado por especialistas do destacamento misto do Centro Internacional Contra Minas das Forças Armadas da Federação da Rússia.

O grupo está equipado com complexos robóticos de remoção de minas "Uran-6", veículos blindados com supressores de espoletas de proximidade e de explosivos controlados por rádio.

Os russos terão que livrar mais de 180 hectares de minas no território da cidade de Palmira, de acordo com informe divulgado em 31 de março pelo chefe da Direção Principal de Operações do Estado-Maior da Rússia, Serguêi Rudskôi.

Estatuto de combatente

O chefe do Comitê da Duma de Estado para Defesa, Vladímir Komoedov, propôs na última quinta-feira (21) que os russos participantes da campanha em Palmira sejam classificados como com combatentes de guerra. A ideia é que, com o novo status, eles recebam também os benefícios correspondentes.

No momento, o projeto está sendo analisado pelo governo russo. Até agora, 234 hectares de terras, 23 quilômetros de vias e 10 edifícios de patrimônio cultural já foram liberados pelos sapadores russos. Segundo Stavítski, 98 militares russos trabalham na remoção de minas em Palmira.