Publicado 27/04/2016 16:37
O tucano foi o dono da campanha mais cara do país entre todos os candidatos ao Senado em 2014. Ele recebeu R$ 18,1 milhões em doações, contra R$ 15,2 milhões do segundo colocado, o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD-SP), de acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral. Em Minas, Anastasia arrecadou mais que o dobro do que a soma recebida por todos os outros sete candidatos a senador.
Com as empreiteiras Andrade Gutierrez, UTC, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão e o banco BTG Pactual, todos citados na Lava Jato, a campanha do tucano arrecadou R$ 2 milhões, o que representa 11,1% do total recebido pelo então candidato. Executivos das seis empresas foram presos na operação –alguns já foram condenados. O banco doou R$ 1 milhão diretamente ao seu comitê.
Quatro das empreiteiras citadas participaram de consórcios que construíram a Cidade Administrativa do governo de Minas Gerais. Ao custo de mais de R$ 1 bilhão, o conjunto foi inaugurado em 2010.
Além de ter recebido dinheiro de empreiteiras investigadas na Lava Jato, Antônio Anastasia também praticou as chamadas "pedaladas fiscais", apontadas como crime de responsabilidade pelos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma, quando era governador de Minas.